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DIPLOMA BILÍNGUE
Intercâmbio é outra opção para alunos
Na modalidade, entretanto, o estudante não recebe diploma da universidade estrangeira
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desde que entrou em jornalismo, já estava nos planos de
Bruno Favery Nogueira, 20, ter
uma experiência acadêmica no
exterior. Em janeiro, ele trocou
o campus da Anhembi Morumbi, na cidade de São Paulo, para
fazer um intercâmbio na Universidade do Vale do México,
em Monterrey. Vai estudar dois
semestres por lá.
"Não estou deixando de
aprender nada do que estaria
aprendendo no Brasil", diz.
Ainda que a crise econômica
tenha feito Bruno reconsiderar
o destino inicial -a Espanha-,
ele não se arrepende da escolha
e se diz "encantado" com a cultura mexicana.
Diferentemente dos programas de dupla titulação, o intercâmbio acadêmico não dá ao
aluno o direito de ter um diploma com validade no exterior.
Os ganhos ficam por conta da
experiência internacional. Mas
para que o período fora do país
não seja "perdido", a instituição brasileira precisa pedir ao
MEC a revalidação dos créditos
das disciplinas cursadas lá fora.
As condições para participar
de um intercâmbio acadêmico
são, em geral, já ter feito parte
do curso no Brasil e voltar a
tempo de concluí-lo por aqui. É
exigido ainda bom desempenho acadêmico e certo domínio
do idioma em que as aulas serão ministradas, comprovado
por teste de proficiência.
Além da Anhembi, outras faculdades de São Paulo, como
Insper (antigo Ibmec São Paulo), Mackenzie, Faap, FGV,
PUC e Fecap, mantêm programas de internacionalização. A
Metodista de São Paulo está retomando o dela neste ano.
Aluna de economia do Insper, a sino-brasileira Fang Xia,
21, já no segundo semestre começou a se preparar para o intercâmbio, que aconteceu no
quinto período. Em 2008, estudou por um ano na Universidade de Illinois (EUA).
Fang tirou de letra a adaptação à comida e ao modo direto e
objetivos dos americanos. "No
começo tive um pouquinho de
estranhamento, mas é normal
quando você vai para um outro
país", conta ela, que também
teve de se adaptar a uma nova
realidade quando, aos sete
anos, mudou-se da China para
o Brasil com a família.
Para a diretora do International Office da Anhembi, Liliane Kapler, o aluno que participa de programas internacionais desenvolve habilidades como ter mais responsabilidade e
preparo para mudanças.
Culturas diferentes
Os alunos que não podem fazer o intercâmbio acadêmico
também podem ter contato
com culturas diferentes quando a sua faculdade recebe estudantes estrangeiros.
A Faap, por exemplo, recebe
por ano cerca de 350 alunos de
fora, segundo a coordenadora
do departamento de relações
internacionais da faculdade,
Lourdes Zilberberg.
Colega no curso de jornalismo de um estudante português
participante do programa de
intercâmbio do Mackenzie, Suzana Albuquerque, 23, considera importante essa troca de experiências. "Você conhece outras ideias, outros pontos de
vista", diz ela.
O esporte é um dos caminhos
para integrar intercambistas
estrangeiros e universitários
brasileiros na Escola de Administração de Empresas da FGV-SP, que em 2009 conta com 110
alunos vindos do exterior.
Só que, em vez do tradicional
futebol, o que se pratica é o rúgbi. Da equipe de 32 atletas, 15
são alunos estrangeiros.
"O esporte é uma maneira
muito boa de se integrar em um
país estrangeiro", confirma o
francês Thomas Merlin, 24,
que escolheu estudar no Brasil
para aprender uma nova língua
e também pelo potencial de
crescimento do país.
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