São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009

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PANORAMA

Empresas valorizam boa comunicação com estrangeiros

Quanto mais importante for o cargo, maior será a exigência por fluência para falar com clientes e colegas de fora

Henrique Manreza/Folha Imagem
Inglês é o preferido pelas empresas

MAÍRA TERMERO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dominar outros idiomas não é só uma habilidade para figurar ao pé do currículo. Falar com fluência, ler publicações estrangeiras e escrever bem são aptidões valorizadas tanto por empresas multinacionais como pelas que atuam só no Brasil.
O inglês segue sendo o mais valorizado. "Sem ele, é quase impossível conseguir colocação. São contatos com fornecedores e clientes de fora o tempo todo", avalia Elisabete Alves, consultora do Idort-SP (Instituto de Organização Racional do Trabalho de São Paulo).
"Entre nossos alunos, 90% usam o inglês para contatos comerciais ao telefone e pessoalmente e 10% só para trocar e-mails ou recepcionar colegas de outro país", conta Jorge Eduardo Raygada, proprietário da Business Language Consultoria.
O espanhol vem a seguir. "Tem grande crescimento, depois vem o alemão. O mandarim corre por fora", diz Raygada. Concursos da Petrobras, por exemplo, têm prova de inglês ou espanhol.
A valorização da capacidade de se expressar em outro idioma reflete-se na política de subsídios a cursos.
Segundo dados compilados com exclusividade para a Folha pelo instituto Great Place To Work, 57 das 100 empresas consideradas as melhores para trabalhar financiam esse tipo de estudo.
Das que não custeiam, 13 são multinacionais, que supõem que candidatos a uma vaga já tenham fluência em determinada língua -especialmente na da matriz.
"Enviar o funcionário para fora é um treinamento em que ele desenvolve competências de inter-relacionamentos", comenta José Tolovi Júnior, presidente do Great Place To Work.

Questão de hierarquia
Quanto mais importante for o cargo, maior deverá ser a compreensão do idioma. "Trabalhamos com empresas que colocam a fluência como fator determinante para evolução na carreira", diz Paulo Cesar Vicente, sócio-proprietário da Fast English.
Em cargos técnicos, conhecer jargões ajuda, e ter boa capacidade de leitura e escrita é suficiente.
Já diretores e gerentes devem escrever documentos e conversar com colegas estrangeiros. "É preciso entender sotaques e culturas. Em uma negociação, quem perde nuances e mensagens implícitas nos debates está em desvantagem", diz Vicente.
Para se preparar, veja nesta edição cursos intensivos ou voltados a profissionais.


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