São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009

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INGLÊS

Fluência conta mais que bom sotaque

Empresa espera que profissional consiga realizar tarefas que vão desde redigir e-mails até negociar com os clientes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não é conhecimento de filigranas da gramática ou sotaque de dar inveja a nativos que buscam as empresas que pedem domínio do inglês nos currículos dos profissionais. O que interessa é a fluência no idioma e a capacidade de usá-lo como instrumento de trabalho.
Isso se traduz em ser capaz de realizar tarefas como fazer apresentações, receber visitantes, negociar com clientes e fornecedores, participar de chamadas por conferência, redigir e-mails e relatórios e participar de treinamentos, segundo a Companhia de Idiomas, empresa de ensino corporativo.
"A ideia de que o importante é falar como nativo está mudando. Quem é fluente faz parte de uma mentalidade global", afirma Deepak Desai, CEO da consultoria GlobalEnglish.
Para Lúcio Sardinha, diretor da escola Up Language, há grande demanda por profissionais, de todos os níveis, que dominem o inglês. A importância de ter essa habilidade cresce conforme a relevância do cargo.
Segundo ele, um presidente precisa ter no mínimo 85% de domínio da língua, um gerente, entre 60% e 70%, e os demais, no mínimo 50%.
"Na prática, quando a pessoa não tem o idioma, como um executivo que tem que ser formador de opinião, nunca vai trazer e levar a informação como o dono do capital deseja", comenta Sardinha.
Em uma empresa, o número de funcionários que usam o inglês no dia-a-dia profissional vem crescendo. O último relatório realizado pela GlobalEnglish aponta que, de 2004 a 2007, a porcentagem de empregados que utilizavam o idioma diariamente aumentou -foi de 44% para 49% entre 10 mil respondentes de 150 empresas globais em cem países.

Dois anos de estudo
A pesquisa da GlobalEnglish também mostra que 80% das pessoas afirmam precisar de até dois anos de estudos para colocar seu inglês no nível que acham necessário.
Entre as tendências do ensino, diz Desai, estão customização, uso de instrumentos multimídia e ferramentas que auxiliem o profissional na hora de desempenhar tarefas usando o idioma. Um exemplo são programas que oferecem formatos de e-mails para diferentes situações de uso da língua.
Para Sardinha, há vários modos de aprender inglês, mas é preciso traçar e cumprir objetivos. Ele diz que nem sempre trabalhar no exterior aprimora o domínio do idioma.
"Conviver com quem tem inglês ruim não funciona, pois se aprende conversando com quem fala errado", opina. (AL)


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