São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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SP 457 ANOS

Paulistano acidental

Desde os bandeirantes, a cidade que tem de tudo atrai gente de todos os lugares, fala todas as línguas e ainda consegue surpreender quem nela vive

Caio Guatelli/Folhapress
Pedestres atravessam a avenida Paulista, na esquina com a rua Augusta, no último dia 13, quinta-feira, às 18h18

Orra, meu! Se liga na parada, mano. São Paulo faz aniversário hoje, tá ligado? Pega o busão e vai dar um rolê. Mas se liga, pode cair um toró, né?
Uma mistura de gírias e sotaques faz parte do linguajar de São Paulo hoje, quando completa 457 anos de fundação. Em 1650 também se dizia que ia cair um toró. E a senhora que não acreditasse que vinha chuva podia ser chamada de "velha coroca".
O toró é herança dos índios, nossos primeiros habitantes. Dos imigrantes que representavam 28% dos moradores em 1934 temos muitas outras heranças: a esfirra, o sushi, o "orra, meu", a arquitetura, os primeiros bairros planejados...
Com esses paulistanos acidentais -bandeirantes, jesuítas, negros, portugueses, italianos, japoneses, coreanos, chineses, judeus, bolivianos, árabes, alemães, nordestinos, mineiros- se faz uma cidade que não para de crescer e de se adaptar.


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