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Maioria é contrária
à atuação partidária
da Redação
Quando o assunto é política, o
católico praticante tem posições
claras: a favor da sustentação aos
movimentos sociais, mas contrário à atuação dentro da política
partidária.
Os números não deixam dúvidas: 96% são favoráveis à participação de sacerdotes em entidades
que cuidam de crianças de rua,
88% em entidades de defesa dos
direitos humanos, 86% em movimentos pró-moradia.
Em defesa da reforma agrária, a
questão social mais polêmica do
país, nada menos que 70% dos católicos praticantes querem ver a
atuação dos padres.
Nesse ramo, de atuação social, o
apoio aos movimentos é menor
quando a renda é maior -54%
dos que têm renda familiar superior a 20 salários mínimos defendem a atuação de padres em prol
da reforma agrária.
Quando o assunto passa a ser política partidária, o quadro se inverte. A maioria se opõe à defesa pelos
sacerdotes de posições políticas
(58%), ao apoio a candidatos nas
eleições (68%), à candidatura de
padres (21%) e a filiação deles a
partidos políticos (20%).
Celibato e mulheres
A maioria dos católicos que vão à
missa são opositores do celibato
-obrigatoriedade de os padres serem solteiros. Um total de 62% dos
pesquisados defenderam o direito
de os padres se casarem. Essa proibição, além de nem sempre ter
existido (leia cronologia das págs.
6 a 9)), não é universal.
A católicos do Oriente Médio e
Leste Europeu -que perderam o
contato com Roma antes da instituição do celibato e o retomaram
recentemente-, o Vaticano permite a atuação de padres casados.
Uma ampla maioria defende a
ordenação de mulheres para o sacerdócio: 64%. Os opositores são
28%. Entre os homens, a ordenação de mulheres é defendida por
65%. dos entrevistados.
Apesar de defenderem que os padres possam se casar, 49% acham
importante que eles sigam o voto
de castidade. Ou seja, os padres só
deveriam mudar depois que as regras mudassem.
(HCS)
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