São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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Recursos digitais mudam até jeito de resolver prova

Substituto do lápis e papel nos testes, controle remoto permite correção rápida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Esqueça o giz, a lousa e o retroprojetor. Isso ficou para trás. O que seu filho poderá encontrar quando for para a escola são instrumentos bem mais modernos.
Na visita que a Folha fez a alguns colégios de São Paulo, encontrou equipamentos tecnológicos que estão mudando a forma de os alunos receberem o conteúdo passado pelos professores.
O que antes era possível ver apenas nos livros ou com os pesados retroprojetores, agora é mostrado em tempo real em uma lupa digital. Colocando-se o aparelho sobre a pele, por exemplo, é possível ver o tecido epitelial na tela do notebook com detalhes antes imperceptíveis.
"Não fica apenas na teoria, com a professora falando na sala. A aula fica mais interessante e você enxerga na hora aquilo que ela fala", afirma Matheus Duarte, 16, aluno do ensino médio do colégio Bandeirantes, na zona sul, que oferece o instrumento.

ATÉ A PROVA
E, quem diria, até um dos métodos escolares mais tradicionais, a prova, não resistiu ao avanço tecnológico.
Geralmente feita no papel, as avaliações começam a ganhar uma maneira diferente de ser realizada: por meio de controle remoto.
O CPS (Classroom Performance System) é um aparelho de avaliação eletrônico. Cada aluno recebe um controle com cinco alternativas. A questão é projetada numa lousa digital e, por meio de um receptor ligado ao computador, cada voto é contabilizado na hora.
"Além de agilizar o processo, seja numa revisão ou numa prova, percebemos que eles gostam desse método porque movimenta a aula", explica o coordenador de tecnologia educacional do Bandeirantes, Mário Abbondati.
"Fica mais legal do que fazer no papel. Além disso, o resultado sai na hora e você sabe o que errou e o que acertou", diz o estudante Guilherme Rizzo, 13.
A ferramenta também é usada para pesquisas de opinião com os alunos ou para medir o conhecimento deles sobre determinado assunto antes de começar a matéria.
A dica dos especialistas para saber se essas tecnologias realmente fazem diferença no ensino é questionar sobre como elas são aplicadas no dia a dia.
"Se a equipe pedagógica não tiver clareza de como usá-las, provavelmente os resultados não são assim tão maravilhosos", diz a mestre em tecnologia Gabriela Eyng Possoli. (RICARDO SCHWARZ)


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