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SANTA CASA
Mais antiga de SP, instituição é das poucas com banco de tecidos e ossos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mais antiga entre os hospitais de São Paulo, com quase
450 anos, a Santa Casa ficou
tecnicamente empatada na
pesquisa do Datafolha com Oswaldo Cruz, Einstein e Hospital das Clínicas na área de ortopedia, mencionada por 12% dos
médicos entrevistados. Ela é
uma das seis únicas instituições a ter um banco de armazenamento de tecidos e ossos cadastrado no Sistema Nacional
de Transplantes.
"As exigências para manter
um banco desse são grandes. É
preciso ter área especial para
captar e armazenar material e
equipe disponível 24 horas por
dia. É tudo controlado, para
evitar contaminação", diz
Claudio Santili, diretor do departamento de ortopedia e
traumatologia da Santa Casa.
O setor da ortopedia tem
quatro andares, três para a internação, com 135 leitos. Destacam-se as sete salas de cirurgia
exclusivas, fora as outras 32
existentes no hospital central.
"Isso é importante, pois o osso
não tem muitas defesas contra
infecções. E uma infecção óssea
é muito mais difícil de ser controlada do que a dos órgãos
mais moles, que têm mais circulação sangüínea", diz Santili.
O "pavilhão" tem ainda um
anfiteatro com capacidade para
160 pessoas, onde, diariamente, das 7h às 7h30, são feitas discussões a respeito dos casos do
dia anterior e dos que estarão
em curso. "É um check-list diário. Todos os casos tratados no
PS têm de ser apresentados",
diz Santili. Segundo ele, a prática garante boa qualificação aos
médicos do departamento, onde a ortopedia brasileira praticamente nasceu -na Santa Casa, foram lançadas as bases da
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
A história do complexo começou com a assistência social,
evoluindo para o atendimento
médico há 200 anos, explica
Antonio Carlos Forte, superintendente dos hospitais da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Um dos 150 hospitais de ensino do país, tem três faculdades (medicina, enfermagem e
fonoaudiologia). E oferece cursos de pós-graduação (especialização). O complexo tem nove
unidades (somando 2.000 leitos), sendo só uma particular, o
hospital Santa Isabel. Sua renda, diz Forte, subsidia o déficit
do valor pago pelo SUS. "Queremos expandir o Santa Isabel
para ter mais caixa e ampliar o
atendimento pelo SUS."0
(RGV)
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