São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SANTA CASA

Mais antiga de SP, instituição é das poucas com banco de tecidos e ossos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mais antiga entre os hospitais de São Paulo, com quase 450 anos, a Santa Casa ficou tecnicamente empatada na pesquisa do Datafolha com Oswaldo Cruz, Einstein e Hospital das Clínicas na área de ortopedia, mencionada por 12% dos médicos entrevistados. Ela é uma das seis únicas instituições a ter um banco de armazenamento de tecidos e ossos cadastrado no Sistema Nacional de Transplantes.
"As exigências para manter um banco desse são grandes. É preciso ter área especial para captar e armazenar material e equipe disponível 24 horas por dia. É tudo controlado, para evitar contaminação", diz Claudio Santili, diretor do departamento de ortopedia e traumatologia da Santa Casa.
O setor da ortopedia tem quatro andares, três para a internação, com 135 leitos. Destacam-se as sete salas de cirurgia exclusivas, fora as outras 32 existentes no hospital central. "Isso é importante, pois o osso não tem muitas defesas contra infecções. E uma infecção óssea é muito mais difícil de ser controlada do que a dos órgãos mais moles, que têm mais circulação sangüínea", diz Santili.
O "pavilhão" tem ainda um anfiteatro com capacidade para 160 pessoas, onde, diariamente, das 7h às 7h30, são feitas discussões a respeito dos casos do dia anterior e dos que estarão em curso. "É um check-list diário. Todos os casos tratados no PS têm de ser apresentados", diz Santili. Segundo ele, a prática garante boa qualificação aos médicos do departamento, onde a ortopedia brasileira praticamente nasceu -na Santa Casa, foram lançadas as bases da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
A história do complexo começou com a assistência social, evoluindo para o atendimento médico há 200 anos, explica Antonio Carlos Forte, superintendente dos hospitais da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Um dos 150 hospitais de ensino do país, tem três faculdades (medicina, enfermagem e fonoaudiologia). E oferece cursos de pós-graduação (especialização). O complexo tem nove unidades (somando 2.000 leitos), sendo só uma particular, o hospital Santa Isabel. Sua renda, diz Forte, subsidia o déficit do valor pago pelo SUS. "Queremos expandir o Santa Isabel para ter mais caixa e ampliar o atendimento pelo SUS."0 (RGV)


Texto Anterior: Abreu Sodré: Porta aberta a particulares faz andar fila da caridade
Próximo Texto: InCor é palco de 20 cirurgias/dia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.