DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) é um cabo eleitoral mais poderoso, mas cresceu a importância do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição municipal.
Para 25% dos eleitores, o fato de Alckmin apoiar um nome pode levar à escolha desse candidato. No caso de Lula, 16% dos eleitores afirmam que seu apoio influencia sua decisão, contra 10% que pensavam assim no final de junho.
O presidente entrou na campanha no sábado retrasado, quando pediu votos à prefeita Marta Suplicy (PT) na inauguração da extensão da Radial Leste.
"Temos a obrigação política de levantar a cabeça com muito orgulho e dizer aos companheiros e às companheiras de São Paulo inteira que, se as pessoas querem continuar tendo progresso nas políticas sociais, não tem outro jeito, dia 3 de outubro é votar na Marta Suplicy para continuar administrando São Paulo", disse.
A declaração foi à TV já na segunda-feira. O pedido de votos na obra provocou críticas e levou o presidente a pedir desculpas pelo local onde deu a declaração.
O apoio de Lula também tira votos. Para 25%, levaria a não votar no candidato.
No caso do governador paulista, a entrada na campanha ocorreu no final de agosto. Depois que Marta ensaiou uma aproximação, Alckmin apareceu no programa de José Serra (PSDB).
O efeito negativo do apoio do governador é menor que o de Lula -18% não votariam no candidato apoiado por Alckmin.
O ex-marido de Marta, Eduardo Suplicy (PT) também influencia positivamente 16% dos eleitores. Já o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002), que só ontem entrou na campanha, leva 12% dos eleitores a votarem em seu candidato.


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