São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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Bilíngues que dão outros idiomas recebem cada vez mais brasileiros

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fundadas por imigrantes para seus filhos, escolas bilíngues que dão aulas em idiomas diferentes do inglês têm entre os alunos cada vez mais brasileiros sem nenhuma ligação com estrangeiros.
A escola Suíço-Brasileira, no Alto da Boa Vista, é bilíngue em alemão e tem cerca de 70% de alunos de origem brasileira. Situação similar vive o Miguel de Cervantes (Morumbi). Criado por espanhóis em 1978, menos de um quarto de seus alunos tem ascendência hispânica.
Apesar do predomínio de brasileiros, a identificação com o país de origem dos fundadores continua presente nesses colégios. O Cervantes, por exemplo, mantém a aula de cultura espanhola.
A OEN (Organização Educacional Nippaku), na Vila Mariana, foi fundada em 1932 como uma escola de corte e costura que preparava japonesas para casar. Hoje, tem ensino bilíngue em japonês e atrai interessados na cultura nipônica.
Alguns desses colégios têm currículos que permitem que os alunos sigam os estudos fora do país.
Riccardo Valente, 18, cursa o 4º ano do liceo (equivalente a um 4º ano do ensino médio) na escola italiana Eugenio Montale (Morumbi). "Já morei na Itália, onde pude fazer meus estudos normalmente", diz ele, que é o primeiro da família a ter nascido no Brasil.
No Humboldt (Interlagos), fundado em 1916, as turmas para quem fala alemão ou português como primeira língua são separadas. O ensino é bilíngue, mas a alfabetização é feita, primeiro, no idioma materno do aluno. (RAPHAEL SASSAKI e RODNEI CORSINI)


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