São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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EXPANSÃO NACIONAL

Nordeste ganha núcleo focado em biotecnologia

Rede reúne 28 instituições da região e do Espírito Santo para oferecer doutorado e fomentar a pesquisa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Destaque no aumento de cursos de excelência e em terceiro lugar na oferta de pós-graduações no país, com 17% delas, o Nordeste aposta no cooperativismo para crescer. A região inaugurou, no final de 2006, a Renorbio (Rede Nordeste de Biotecnologia), que reúne docentes e infra-estrutura de 28 universidades e institutos de pesquisa do Nordeste e do Espírito Santo. Seu primeiro resultado apareceu em março de 2007: um doutorado nota cinco em biotecnologia. É o segundo nessa especialidade em toda a região -o outro está na Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) e tem nota quatro.
"A diferença [entre as pós-graduações nas regiões do país] ainda é muito grande. Precisávamos fazer algo de impacto para mudar essa situação", afirma Paula Lenz Costa Lima, secretária-executiva de pós-graduação da Renorbio. A Uece (Universidade Estadual do Ceará) coordenará o programa no triênio 2006-2009. Várias escolas participam da rede, que contabiliza 149 docentes. As aulas são realizadas de diferentes maneiras. "Ou fazemos videoconferência ou deslocamos os professores", explica Lima. "Queremos atrair o mundo para trabalhar aqui. A idéia é alavancar o Nordeste."

Fixação de doutores
Para Adalberto Val, ex-representante de ciências biológicas, "há várias ações em curso para tornar mais homogênea a distribuição dos programas de pós-graduação no Brasil". "Mas a fragilidade persiste, particularmente em face da falta de ações robustas para fixar profissionais pós-graduados em regiões mais distantes dos centros desenvolvidos do país."
Já o coordenador da área de química, Jairton Dupont, vê boas perspectivas no Nordeste. "Apesar de a química ser mais forte historicamente no Sul e no Sudeste, devido ao desenvolvimento industrial, a evolução dessa área no Nordeste tem sido muito boa, graças à possibilidade de fixação de doutores lá", destaca Dupont, que também é professor de química da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). (RGV)


Com LUIZ DE FRANÇA, colaboração para a Folha

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