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"Estranhos" são resposta a demandas do mercado, afirmam as instituições
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os nomes podem até assustar os mais conservadores, mas
as novidades de denominações
curiosas são uma resposta a demandas do mercado. É com esse argumento que coordenadores de instituições ouvidos pela
Folha justificam a criação de
cursos como o de escritor e
agente literário, o de produtor
e músico de rock e o de design
de jogos digitais.
Segundo a diretora dos cursos de graduação da Unisinos,
Paula Caleffi, o fato de o curso
seqüencial de músico e produtor de rock ter sido o mais procurado no último vestibular da
universidade sinaliza o aquecimento do setor.
Com disciplinas relacionadas à produção de álbuns, à história do rock e a técnicas de
composição, o curso aposta na
formação de profissionais que
possam atuar em vários setores
da indústria fonográfica.
Os coordenadores dos cursos
de jogos digitais -já presente
em diversas faculdades no
país- também estão de olho no
mercado, principalmente no filão de jogos para celulares e
animações para a internet.
Apesar de voltados para a
área de jogos, os cursos investem pesado em aulas de programação, o que acaba permitido que alunos atuem em outros
setores da informática.
A exceção entre as novidades
pautadas pelo mercado está no
curso de escritor e agente literário da Unisinos que, no último vestibular, não teve todas
as vagas preenchidas.
Mas para o poeta Fabrício
Carpinejar, coordenador do
curso, a falta de procura não é
um problema. "Desafios são estimulantes", afirma.
Prestes a formar a segunda
turma no vestibular de inverno, o curso traz aulas de narrativas diversas, destrincha as várias etapas da produção literária e tem contado com palestras ilustres como as dos escritores Marçal Aquino e Zuenir
Ventura.
Os cursos considerados mais
incomuns ainda não são oferecidos por universidades tradicionais, como USP, Unesp e
Unicamp.
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