São Paulo, domingo, 27 de maio de 2007

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"Estranhos" são resposta a demandas do mercado, afirmam as instituições

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os nomes podem até assustar os mais conservadores, mas as novidades de denominações curiosas são uma resposta a demandas do mercado. É com esse argumento que coordenadores de instituições ouvidos pela Folha justificam a criação de cursos como o de escritor e agente literário, o de produtor e músico de rock e o de design de jogos digitais.
Segundo a diretora dos cursos de graduação da Unisinos, Paula Caleffi, o fato de o curso seqüencial de músico e produtor de rock ter sido o mais procurado no último vestibular da universidade sinaliza o aquecimento do setor.
Com disciplinas relacionadas à produção de álbuns, à história do rock e a técnicas de composição, o curso aposta na formação de profissionais que possam atuar em vários setores da indústria fonográfica.
Os coordenadores dos cursos de jogos digitais -já presente em diversas faculdades no país- também estão de olho no mercado, principalmente no filão de jogos para celulares e animações para a internet.
Apesar de voltados para a área de jogos, os cursos investem pesado em aulas de programação, o que acaba permitido que alunos atuem em outros setores da informática.
A exceção entre as novidades pautadas pelo mercado está no curso de escritor e agente literário da Unisinos que, no último vestibular, não teve todas as vagas preenchidas.
Mas para o poeta Fabrício Carpinejar, coordenador do curso, a falta de procura não é um problema. "Desafios são estimulantes", afirma.
Prestes a formar a segunda turma no vestibular de inverno, o curso traz aulas de narrativas diversas, destrincha as várias etapas da produção literária e tem contado com palestras ilustres como as dos escritores Marçal Aquino e Zuenir Ventura.
Os cursos considerados mais incomuns ainda não são oferecidos por universidades tradicionais, como USP, Unesp e Unicamp.


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