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PARTICULAR
FGV integra graduação e mestrado
Estudantes de administração poderão usar disciplinas eletivas como crédito para a pós
ALEXANDRE NOBESCHI
DA REDAÇÃO
O curso de administração da
Fundação Getúlio Vargas de
São Paulo, um dos mais tradicionais do país, vai integrar, a
partir do próximo semestre, a
graduação com o mestrado.
Com a proposta, os futuros
calouros, que fazem hoje o processo seletivo, poderão deixar a
universidade com o título de
bacharel e de mestre em administração. A obtenção dos dois
títulos vai estender em um ano
a duração do curso, passando
de quatro para cinco anos.
Os estudantes que ingressarem no próximo semestre só
poderão fazer a escolha pela
dupla titulação quando estiverem entre o sexto e o sétimo
semestre do curso.
Para lançar-se ao mestrado, o
universitário terá de passar por
um processo de seleção, que inclui análise do desempenho
acadêmico, prova e entrevista.
Caso ele seja aprovado, o aluno
poderá utilizar os créditos obtidos com disciplinas eletivas feitas ao longo da graduação como
créditos para o mestrado.
"Já tinha o plano de emendar
um mestrado após a graduação
e, com essa possibilidade, fico
mais motivado", diz o estudante Fernando Lindenberg, 18.
Ele, que faz hoje o processo
seletivo da GV, disse que escolheu o curso de administração
na fundação por causa da tradição e também pelo peso da instituição no currículo de qualquer profissional.
Para ele, a integração entre
graduação e mestrado é uma
forma de reforçar a formação
do jovem universitário.
A estudante Nathália Oliveira Costa, 19, que também faz o
exame hoje, aponta o fator tempo como uma das vantagens da
integração. "A gente, às vezes,
perde muito tempo no cursinho para passar em uma boa
universidade. Isso [a integração] ajuda a gente a ter um ensino melhor e mais rápido."
Segundo Marcos Vasconcellos, vice-diretor acadêmico da
escola de administração de empresas da FGV, a integração
graduação-mestrado trabalha
com três vertentes.
A primeira é a do mestrado
em administração. Na segunda,
pode-se concluir a graduação
em administração e fazer o
mestrado em direito ou economia. Já a terceira permite que o
formando faça um curso de
pós-graduação no exterior e, ao
voltar ao Brasil, emende com o
mestrado na fundação.
O curso fora do país não vale
como crédito para o mestrado.
As propostas fazem parte de
uma uma série de mudanças
que a fundação está promovendo para adequar a formação
acadêmica às novas exigências
do mercado.
Ciclos de aprendizado
A reformulação do curso, de
acordo com a coordenadora
Marta Farah, começou há dois
anos, quando foram realizados
encontros com profissionais do
mercado, diretores de cursos
universitários e consultores.
"Ao longo do processo, percebemos que o estudante não
pode estar voltado apenas para
o conhecimento técnico. Ele
deve estar atento à formação
cultural, à capacidade de se relacionar com as pessoas e à participação em projetos sociais e
ambientais", explica Farah.
No novo modelo de ensino da
Fundação Getúlio Vargas, o estudante passará por três ciclos
de aprendizado. No primeiro
deles, o aluno vai desenvolver
sua capacidade crítica, reflexiva e de comunicação.
Na segunda fase serão trabalhadas as técnicas da administração e, na terceira, o aluno é
preparado para o mercado de
trabalho. "A idéia não foi fazer
um ciclo básico, apenas com
disciplinas teóricas e voltadas
para a formação humanística",
explica Vasconcellos.
"Do primeiro ao último semestre o aluno vai ter disciplinas voltadas à prática da administração."
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