São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2004

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GUERRA NO AR

PSDB ganha direito de resposta por acusações de calote e fraude

Maluf perde 35 minutos na reta final

SÍLVIA CORRÊA
DA REPORTAGEM LOCAL

Longe nas pesquisas, Paulo Maluf acabou no meio do fogo cruzado dos líderes. O PP usou a TV e o rádio para dizer que Serra é caloteiro e que fraudou a venda de uma casa. Os tucanos foram mais uma vez à Justiça e ganharam 35 minutos do tempo malufista -são 42 minutos até quinta. Vai faltar horário eleitoral.
Uma foto de FHC na tela do PT. O fundo vermelho no espaço destinado ao PSDB. Na TV, foi assim a batalha do último domingo de campanha.
A tônica do embate foi o repasse de verbas da União para São Paulo. E cada um, claro, diz só o que lhe convém. Os petistas citam empréstimos. Os tucanos, verba do Tesouro.
Impelido a tirar do ar a peça na qual o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) acusa FHC de segurar recursos da cidade -o que o senador repetiu ontem, em entrevista-, o PT adotou um narrador. Com um carrancudo FHC na tela, ele diz que Marta recebeu "pouca ajuda do governo federal". Em seguida, já com um sorridente Lula no vídeo, afirma que Marta está tendo "muita ajuda e pôde fazer muita coisa por São Paulo e por você". "Agora é hora de você decidir. Esta parceria deve acabar ou deve continuar?", pergunta a coligação.
Para o PSDB, o texto insinua que haverá um boicote à cidade numa eventual vitória de Serra. "O PT tem de entender que a relação é com São Paulo, não com este ou aquele", diz o deputado Alberto Goldman.
A legenda obteve direito de resposta em 42 dos 70 minutos restantes das inserções petistas por conta da fala de Mercadante. Na resposta, o PSDB diz que liberou R$ 450 milhões a Marta em dois anos. (SC)


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