São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2007

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Mestrado profissional

Academia se aproxima do mercado

Formato permite boa qualificação sem exigir que os profissionais se afastem do trabalho

HELENA FRUET
Colaboração para a Folha

Estudar sem deixar de trabalhar. Esse desejo de muitos profissionais pode ser satisfeito desde 1998, quando a Capes criou o mestrado profissional, uma pós que se enquadra ao dia-a-dia no escritório.
O número de cursos oferecidos e reconhecidos pela Capes ainda é pequeno -equivale a apenas 5% dos "stricto sensu"-, mas tende a crescer, pois o mestrado profissional foi bem aceito pelo mercado e pela comunidade acadêmica.
Esse tipo de mestrado, ao contrário do irmão acadêmico, é feito para quem já trabalha. "As aulas ocorrem só no período noturno. O horário permite que os alunos conciliem estudo com atividades profissionais", explica Mário Myiake, coordenador dos cursos de mestrado profissional do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).
Apesar de à primeira vista se parecer com a especialização, o mestrado profissional é uma pós-graduação "stricto sensu".
O aluno leva o título de mestre e pode se tornar professor em instituições de ensino superior ou seguir para o doutorado, apesar de esses raramente serem os objetivos dos titulados.
Outra vantagem sobre a especialização é que esse mestrado é avaliado pela Capes.
Segundo Renato Janine Ribeiro, diretor de avaliação da instituição, o modelo foi criado porque hoje se requer formação mais qualificada, mesmo para setores que não lidam com docência e pesquisa de ponta.

Capacitar gestores
O meio acadêmico também sentiu isso. Um caso é o mestrado profissional em economia da saúde oferecido pela Unifesp. "Nasceu devido à necessidade de capacitar gestores na área e do desconhecimento dos fundamentos da economia aplicados ao setor de saúde", explica Marcos Ferraz, coordenador do curso.
Ex-aluna de um curso de mestrado profissional, Jane Vieira, diretora de graduação da Universidade Anhembi-Morumbi, aprovou o formato.
"Gostei de ter experiência acadêmica com vivência prática. Passei em provas de seleção para mestrado em universidade pública. Quando exigiram dedicação integral, acabei desistindo", revela.

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