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Quando o treinador é o melhor jogador
Ele era diferente quando jogava.
Agora, no início da sua carreira de
técnico, novamente destoa do resto dos colegas de profissão.
Em um Campeonato Brasileiro
repleto de "teóricos", como ex-preparadores físicos (Celso Roth),
ex-jogadores medíocres (Wanderley Luxemburgo) e até um ex-delegado de polícia (Antônio Lopes), Renato Gaúcho, que levou o
Fluminense às semifinais do último Nacional e à decisão do Estadual do Rio deste ano, inseriu no
setor da prancheta alguém que recebeu o carimbo de craque.
Dos 24 treinadores do Nacional,
só três defenderam a seleção em
Copas. Um deles, o hoje ponte-pretano Abel, foi um zagueiro de
muita força. Outro, o santista
Leão, um grande goleiro.
Já Renato foi um driblador que
ainda marcava muitos gols e tinha
um jeito, para muitos "teóricos",
um tanto irresponsável de jogar.
Agora, na beira do campo, confirma a fama de rebelde, apesar de
algumas recaídas, que o fazem seguir o manual vigente da profissão. Em jogo recente contra o Flamengo, por exemplo, impediu
que seu time, que goleava por 4 a
0, desse o tradicional "olé" dos
grandes jogos para evitar a revolta
dos atletas adversários.
Taticamente, em compensação,
Renato não tem medo de errar.
Como Mário Sérgio -outro ex-jogador de fama-, do São Caetano, ele é capaz de profundas mudanças na equipe de um jogo para
outro e de improvisações, como
colocar um meia na lateral direita.
Nos treinos, nada de ficar parado na beira do gramado dando
instruções. Ainda em forma, Renato participa até dos "rachões".
Fez isso principalmente quando
Romário, seu parceiro na seleção
na Copa de 1990 e nas noitadas,
estava nas Laranjeiras.
O antes esquentado jogador
também agora sofre para controlar os nervos. No último final de
semana, foi um dos protagonistas
da grande confusão ocorrida na
decisão do Estadual do Rio entre
seu Fluminense e o Vasco.
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