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Meninos, de novo, para quebrar jejum
Um clube de passado glorioso,
que amarga anos de jejum sem
amealhar um título de relevância.
Uma torcida ansiosa por uma nova conquista e um elenco repleto
de garotos habilidosos.
A descrição pode remeter ao
Santos de 2002, que vivia exatamente essa situação antes do início do Nacional. Mas, em 2003, esse é o cenário encontrado no Internacional, que vê no campeão
do ano passado a inspiração para
tentar realizar uma boa campanha, capaz de apagar as manchas
que as últimas participações deixaram no currículo do clube.
"O Inter passa por dificuldades
financeiras, e acabamos tendo
que utilizar muitos garotos na
equipe principal. Temos uma molecada boa de bola, que está agradando a torcida e dando bons resultados no campo", disse o técnico da equipe, Muricy Ramalho.
Três vezes campeão do Brasileiro, em 1975, 1976 e 1979, o Internacional registrou campanhas desastrosas em suas últimas participações no campeonato. No ano
passado, por exemplo, o clube
terminou o certame na 21ª posição, e só se livrou do rebaixamento na rodada derradeira.
"Tenho a impressão que o time
deste ano está empolgando mais o
torcedor. Vamos fazer um bom
Brasileiro", afirmou Ramalho.
Boa parte dessa empolgação sai
das jogadas de um garoto de 17
anos, formado nas divisões de base do clube. Diego Lima, que estreou apenas nesta temporada na
equipe principal, é o responsável
pela façanha. Ele é apontado como a principal revelação do futebol gaúcho nos últimos anos.
"O Diego é um cara habilidoso.
Tem o estilo do Robinho [do Santos], gosta de driblar, e a torcida
adora isso", descreveu o técnico.
O jovem jogador, porém, já começou a sentir a pressão de, precocemente, ser encarado como o principal astro de sua equipe.
"Alguns torcedores me param na rua e dizem: "Ô, Diego, não vai
sair daqui e ir pra Europa sem dar uns quatro ou cinco títulos pra gente, tá?'", contou o atleta.
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