|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Até raquete passa por antidoping
DA REPORTAGEM LOCAL
A cena já é conhecida. Após a
prova, o atleta ruma para a sala
do antidoping. A amostra de
sua urina é enviada ao laboratório e, dias depois, é divulgado
se ele trapaceou ou não. Grosso
modo, é esse o procedimento
para detectar o uso de substâncias proibidas no esporte.
Em algumas modalidades, no
entanto, o doping pode ser descoberto até mesmo antes de o
torneio começar. E sem a participação do competidor. O que
pode desclassificá-lo são fraudes em seus equipamentos.
O tênis de mesa tem um exame antidoping especial para as
raquetes. Elas são colocadas
em uma câmera, em que são
medidos os gases eliminados.
Explicação: a cola que gruda
a borracha à raquete contém
substâncias que dão velocidade
à bolinha a cada golpe -30% a
mais do que sem o material- e
que podem ser tóxicas.
Pelos níveis de gases liberados pela cola é possível descobrir se ela está fora da regra. O
atleta pode ser eliminado. Estas colas devem ser proibidas a
partir de setembro de 2008.
O judô também faz antidoping de equipamento antes das
lutas. Se o atleta tentar entrar
no tatame com um quimono
"dopado", pode ser eliminado.
As peças não podem ser de
tecido muito grosso, principalmente na gola, o que dificulta a
pegada do rival. As medidas
também devem ser respeitadas, como a folga entre o braço
do lutador e o punho da manga,
para que ele possa ser agarrado.
"É normal os judocas terem
de trocar o quimono", afirma
Danielle Zangrando.
Nas provas que envolvem
embarcações, o antidoping
também é rigoroso. O equipamento deve ter tamanho e peso
dentro do limite estabelecido.
"Geralmente os barcos dos três
primeiros colocados são pesados e medidos", diz João Tomasini, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
Algumas embarcações precisam apresentar um peso mínimo. Caso contrário, pesos extras ajudam o barco a chegar ao
valor exigido pela regra.
Texto Anterior: PAN - RIO 2007 Objetos de desejo Próximo Texto: Pó e cola deixam atletas 'presos' Índice
|