São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2007

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Limite controlado

Dependentes da velocidade, atletismo e natação investem na evolução de trajes e cronômetros, para ganhar e captar centésimos de segundo que separam o ouro da derrota

DA REPORTAGEM LOCAL

A melhora de performance dos atletas exige equipamentos cada vez mais precisos para medir marcas e tirar dúvidas.
Os cronômetros acompanharam a evolução dos competidores e hoje medem centésimos de segundo. O photo-finish aponta quem chegou à frente em uma corrida, mesmo que os tempos sejam iguais.
Além disso, sensores colocados nos blocos de partida são capazes de dizer, com precisão, quem queimou a largada.
"O detector pode eliminar o atleta, mesmo que o juiz ache que ele não saiu antes", diz Martinho Nobre dos Santos, secretário-geral da Confederação Brasileira de Atletismo.
A CBAt importou neste ano, da Lynx (EUA), três medidores eletrônicos, a cerca de R$ 15,6 mil cada um. Com isso, aposentou as trenas de 100 m usadas nas provas de arremessos. O novo material mediu o recorde sul-americano de Jadel Gregório no salto triplo (17,90 m).
Nem sempre tecnologia e esporte andaram juntos. No Pan de Buenos Aires-1951, o colombiano Jaime Aparício não teve o recorde sul-americano dos 400 m com barreiras aceito por falha no cronômetro manual.
Nos anos seguintes, ocorreram avanços. Na Olimpíada de Tóquio-1964 apareceram sensores que paravam o cronômetro quando o atleta tocava a borda da piscina. A novidade estreou no Pan de 1967.
No Rio, assim como em Santo Domingo-2003, a medição de tempos será da Swiss Time.
Para aumentar a velocidade das provas, a natação incluiu outras inovações nas piscinas.
Equipamento obrigatório, as raias agora são antimarola. Peças redondas, de material leve, usam a água jogada para os lados como impulso para girarem em torno do seu eixo. Assim, a água não passa por elas.
A principal inovação, no entanto, aconteceu nos trajes.
A partir da década de 90, maiôs estilo "macacão", que imitam pele de tubarão, ganharam as piscinas. A novidade surpreendeu até nadadores.
O ex-atleta Gustavo Borges assustou-se ao ver um rival todo de preto na piscina da Olimpíada de Atlanta-1996. Era Gary Hall Jr. (EUA), campeão olímpico dos 50 m livre.


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