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Limite controlado
Dependentes da velocidade, atletismo e natação investem na evolução de trajes e cronômetros, para ganhar e captar centésimos de segundo que separam o ouro da derrota
DA REPORTAGEM LOCAL
A
melhora de performance dos atletas
exige equipamentos cada vez mais
precisos para medir
marcas e tirar dúvidas.
Os cronômetros acompanharam a evolução dos competidores e hoje medem centésimos de segundo. O photo-finish aponta quem chegou à
frente em uma corrida, mesmo
que os tempos sejam iguais.
Além disso, sensores colocados nos blocos de partida são
capazes de dizer, com precisão,
quem queimou a largada.
"O detector pode eliminar o
atleta, mesmo que o juiz ache
que ele não saiu antes", diz
Martinho Nobre dos Santos,
secretário-geral da Confederação Brasileira de Atletismo.
A CBAt importou neste ano,
da Lynx (EUA), três medidores
eletrônicos, a cerca de R$ 15,6
mil cada um. Com isso, aposentou as trenas de 100 m usadas
nas provas de arremessos. O
novo material mediu o recorde
sul-americano de Jadel Gregório no salto triplo (17,90 m).
Nem sempre tecnologia e esporte andaram juntos. No Pan
de Buenos Aires-1951, o colombiano Jaime Aparício não teve
o recorde sul-americano dos
400 m com barreiras aceito por
falha no cronômetro manual.
Nos anos seguintes, ocorreram avanços. Na Olimpíada de
Tóquio-1964 apareceram sensores que paravam o cronômetro quando o atleta tocava a
borda da piscina. A novidade
estreou no Pan de 1967.
No Rio, assim como em Santo Domingo-2003, a medição
de tempos será da Swiss Time.
Para aumentar a velocidade
das provas, a natação incluiu
outras inovações nas piscinas.
Equipamento obrigatório, as
raias agora são antimarola. Peças redondas, de material leve,
usam a água jogada para os lados como impulso para girarem em torno do seu eixo. Assim, a água não passa por elas.
A principal inovação, no entanto, aconteceu nos trajes.
A partir da década de 90,
maiôs estilo "macacão", que
imitam pele de tubarão, ganharam as piscinas. A novidade
surpreendeu até nadadores.
O ex-atleta Gustavo Borges
assustou-se ao ver um rival todo de preto na piscina da Olimpíada de Atlanta-1996. Era
Gary Hall Jr. (EUA), campeão
olímpico dos 50 m livre.
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