DA REPORTAGEM LOCAL

A computação já invadiu quadras, piscinas e pistas. Através de programas desenvolvidos especialmente para o esporte, técnicos corrigem o posicionamento de comandados no atletismo e na natação, estudam rivais e alteram a tática da equipe no vôlei e no basquete.
"Usamos o mesmo programa que é utilizado pelos times da NBA", conta o técnico Lula, da seleção masculina de basquete.
As partidas dos rivais são filmadas em angulação diferente das câmeras de TV, para estudar a movimentação dos atletas. A espionagem praticamente varreu a estratégia do uso de sinais para combinar jogadas.
"O armador fala qual será o movimento. Não usa mais sinais. Como quase ninguém fala português, isso se tornou uma arma para nós", destaca Lula.
Favorita ao ouro, a seleção masculina de vôlei usa recurso semelhante. Um software armazena e exibe informações colhidas durante as partidas.
A partir da análise dos dados dá para saber qual é o atleta que ataca mais, para onde as cortadas são direcionadas e quais as jogadas mais letais.
Atletismo e natação utilizam o Dart Fish, software que permite captar uma seqüência de movimentos. É útil para corrigir o posicionamento do atleta durante um salto ou na execução de braçadas, por exemplo.
"Ele permite sobrepor imagens e comparar o salto de um atleta com o de outro tecnicamente mais maduro", conta Nélio Moura, técnico de saltos.


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