São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

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Menos fumaça, mais potência

Motores a gasolina ficam menores e mais eficientes para reduzir o consumo e melhorar o desempenho

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nos últimos anos, os motores a gasolina e a óleo diesel ficaram 50 vezes mais limpos do que os que equipavam veículos na década de 1970.
Desde então, o consumo de combustível de um carro a gasolina foi reduzido em 18%, se comparado com um modelo de potência equivalente. "O caminho para a produção de carros mais limpos e menos gastadores foi realizado passo a passo", disse à Folha Michael Krebs, vice-presidente mundial de desenvolvimento da Volkswagen.
Aqueles carros dos anos 1970 queimavam gasolina com a ajuda do carburador. Agora o combustível é pulverizado diretamente na câmara de combustão ""e em gotas, para reduzir o desperdício.
Também surgiram alguns sistemas que armazenam a energia cinética (relativa ao movimento) acumulada nas freadas, o que alivia o funcionamento do motor.
Mas o destaque na economia de combustível hoje é o sistema "start/stop", que corta o funcionamento do motor quando o carro está parado no trânsito ou no semáforo. Com um apertão no pedal, ele volta a funcionar.
Na Europa, ele já está em carros como o Volkswagen Polo e a nova Ferrari FF.
"Até 2013, todos os modelos da Mercedes-Benz no Brasil serão equipados com esse sistema, que economiza de 8% a 15% de combustível", afirma Philipp Schiemer, vice-presidente de marketing da montadora.

PEQUENO NOTÁVEL
Para criar motores cada vez menores e mais potentes, a palavra de ordem nas montadoras é "downsizing".
Traduzindo, é uma tendência mundial de reduzir a capacidade cúbica dos motores e sobrealimentá-los com turbos ou compressores. Eles jogam mais ar nos cilindros do motor e permitem uma mistura mais forte de ar e combustível, o que aumenta a potência das explosões até nos que são pequenos.
Assim, um 1.4 turbinado anda como um 2.0 16V e bebe como um 1.6. Reduzido, esse motor pode equipar desde o pequeno smart fortwo (1.0 turbo) até o Audi A6 (3.0 V6 compressor).
Para colaborar com a redução do consumo sem perder eficiência, os carros e as peças do motor tiveram de perder alguns quilos, já que peso está diretamente ligado ao consumo de combustível.
O aço estampado usado nas carrocerias, por exemplo, foi substituído por alumínio ou por material composto, que são mais leves.
(FVB)


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