São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2006

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Sala de cinema

Equipamentos turbinam imagem e som, e controle remoto deixa à mão os efeitos especiais de luz

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Montar um "home theater" não é uma tarefa muito difícil para quem tem até R$ 5.000 no bolso. Basta comprar um toca-DVD com cinco caixas de som e um "subwoofer", conectá-los a uma televisão de alta resolução e depois se esparramar no sofá.
Mas transformar a sala de casa num verdadeiro cinema é mais complexo -e caro. Pede um bom diretor para reunir equipamentos que realcem áudio, iluminação e vídeo e faça com que tudo funcione sob a batuta de um controle remoto.
O primeiro passo para turbinar as sessões é adquirir um "receiver", o cérebro do sistema. Todos os eletrônicos se ligam a ele: TV, toca-DVD, toca-CD, conversor de TV a cabo e até toca-MP3.
O "receiver", então, converte a linguagem de todos esses aparelhos e faz com que eles possam reproduzir vários tipos de sinal de áudio (como MP3 e WMA, formatos digitais e comprimidos) e de vídeo (há mais de sete tipos graváveis e regraváveis de DVD, além do MPEG4 (formato digital de vídeo, também compactado).
O pulo-do-gato é que, mesmo que o toca-DVD e algumas caixas de som não transmitam imagens em alta resolução nem reproduzam efeitos de som sofisticados -como o 6.1 ou o 7.1, sistemas com mais caixas acústicas-, eles começam a adquirir esses poderes quando são aliados ao "receiver".
Assim, quem tem um "receiver" não precisa comprar na mesma hora caixas acústicas de alta fidelidade nem trocar o toca-DVD -dá para comprar aos poucos os equipamentos do "home theater" dos sonhos.
O "receiver" geralmente é vendido em lojas especializadas em sistemas de áudio e de vídeo. Um modelo simples custa a partir de R$ 1.500, mas os topo de linha -ou "high-end", na linguagem dos especialistas- chegam a ser vendidos por até R$ 20 mil.

Tudo à mão
O "receiver" é apenas uma pista de que o futuro do cinema em casa é a integração. E não são somente os aparelhos que conseguem conversar entre si.
Com um projeto de automação, dá para planejar efeitos especiais como reduzir a luz, descer o telão e ligar o ar-condicionado, apenas pressionando um botão. Tudo isso fica à mão para quem pilota um controle remoto especial, com tela de cristal líquido, que pode até gravar "cenários" com as configurações preferidas para cada situação ou de cada espectador.
A partir dele ou de telas de controle na parede, também dá para levar música a outros cantos da casa (leia mais na pág. 2).
E essa integração vai mais além. Segundo especialistas consultados pela Folha, é questão de tempo para que se possa conectar o aparato do "home theater" à internet e baixar filmes e músicas.
A maioria dos "receivers" de última geração também tem entrada para toca-MP3. Com ela, é possível plugá-lo e navegar por menus na tela da TV.
Para reunir todas essas funções em um só controle, é preciso elaborar um projeto com empresas especializadas em sistemas de integração (confira algumas nesta edição).
Então entram em cena novas tecnologias que prometem melhorar a instalação, como o sistema sem fio, e turbinar as imagens -é o caso da TV digital, que está para chegar.
Nesta edição, especialistas mostram como conectar tudo e fazer uma sala de ponta, quase igual à de cinema. Sem drama.


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