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Sala de cinema
Equipamentos turbinam imagem e som, e controle remoto deixa à mão os efeitos especiais de luz
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Montar um "home theater"
não é uma tarefa muito difícil
para quem tem até R$ 5.000 no
bolso. Basta comprar um toca-DVD com cinco caixas de som e
um "subwoofer", conectá-los a
uma televisão de alta resolução
e depois se esparramar no sofá.
Mas transformar a sala de casa num verdadeiro cinema é
mais complexo -e caro. Pede
um bom diretor para reunir
equipamentos que realcem áudio, iluminação e vídeo e faça
com que tudo funcione sob a
batuta de um controle remoto.
O primeiro passo para turbinar as sessões é adquirir um
"receiver", o cérebro do sistema. Todos os eletrônicos se ligam a ele: TV, toca-DVD, toca-CD, conversor de TV a cabo e
até toca-MP3.
O "receiver", então, converte
a linguagem de todos esses aparelhos e faz com que eles possam reproduzir vários tipos de
sinal de áudio (como MP3 e
WMA, formatos digitais e comprimidos) e de vídeo (há mais
de sete tipos graváveis e regraváveis de DVD, além do
MPEG4 (formato digital de vídeo, também compactado).
O pulo-do-gato é que, mesmo
que o toca-DVD e algumas caixas de som não transmitam
imagens em alta resolução nem
reproduzam efeitos de som sofisticados -como o 6.1 ou o 7.1,
sistemas com mais caixas acústicas-, eles começam a adquirir esses poderes quando são
aliados ao "receiver".
Assim, quem tem um "receiver" não precisa comprar na
mesma hora caixas acústicas
de alta fidelidade nem trocar
o toca-DVD -dá para comprar
aos poucos os equipamentos do
"home theater" dos sonhos.
O "receiver" geralmente é
vendido em lojas especializadas em sistemas de áudio e de
vídeo. Um modelo simples custa a partir de R$ 1.500, mas os
topo de linha -ou "high-end",
na linguagem dos especialistas- chegam a ser vendidos por
até R$ 20 mil.
Tudo à mão
O "receiver" é apenas uma
pista de que o futuro do cinema
em casa é a integração. E não
são somente os aparelhos que
conseguem conversar entre si.
Com um projeto de automação, dá para planejar efeitos especiais como reduzir a luz, descer o telão e ligar o ar-condicionado, apenas pressionando um
botão. Tudo isso fica à mão para
quem pilota um controle remoto especial, com tela de cristal
líquido, que pode até gravar
"cenários" com as configurações preferidas para cada situação ou de cada espectador.
A partir dele ou de telas de
controle na parede, também dá
para levar música a outros cantos da casa (leia mais na pág. 2).
E essa integração vai mais
além. Segundo especialistas
consultados pela Folha, é
questão de tempo para que se
possa conectar o aparato do
"home theater" à internet e
baixar filmes e músicas.
A maioria dos "receivers" de
última geração também tem
entrada para toca-MP3. Com
ela, é possível plugá-lo e navegar por menus na tela da TV.
Para reunir todas essas funções em um só controle, é preciso elaborar um projeto com
empresas especializadas em
sistemas de integração (confira
algumas nesta edição).
Então entram em cena novas
tecnologias que prometem melhorar a instalação, como o sistema sem fio, e turbinar as
imagens -é o caso da TV digital, que está para chegar.
Nesta edição, especialistas
mostram como conectar tudo e
fazer uma sala de ponta, quase
igual à de cinema. Sem drama.
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