São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Desempenho no topo fica bem acima da média geral

Investimento em núcleos de pesquisa e publicações internacionais impulsiona bom resultado

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A pontuação dos programas de ciências biológicas está bem acima da média das demais áreas. Eles reúnem o maior percentual de notas 6 (14,75%; a média é de 7,51%). Em notas 7, sua marca de 8,74% só perde para a de ciências exatas e da terra.
Entre eles, a subárea que mais alcançou a pontuação máxima -11 conceitos 7 e 8 conceitos 6- foi biológicas 2 (biofísica, biologia molecular, bioquímica, farmacologia, fisiologia, morfologia e neurociências).
Além da história centenária de pesquisa médica, colabora para o bom resultado a multiplicação de conhecimento em núcleos de pesquisa pelo país, pontua Adalberto Vieyra, coordenador de biológicas 2 da Capes.
Mas nem todas as universidades recebem investimento suficiente. É o caso da pós em ciências fisiológicas da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), nota 3.
O coordenador Luiz Carlos Shenberg aposta no aporte federal de R$ 1,5 milhão em equipamentos em 2012 para construir novos laboratórios e desenvolver pesquisas.

MAIS INTERNACIONAL
As notas 7 se concentram em áreas com cursos consolidados (como o de genética) e respaldo internacional.
Os que costumam publicar apenas em revistas nacionais ganham menos pontos. Em biológicas 1 (biologia geral, botânica, genética, oceanografia biológica e zoologia), só 2% dos programas têm nota máxima.
"Alguns, como o de botânica, têm dificuldade para publicar em revistas internacionais, o que reduz a nota", diz Márcio de Castro, coordenador de biológicas 1.
Um dos motivos para isso, segundo Castro, é que alguns pesquisadores se limitam à taxonomia (descrição de dados), quando o mais importante é explicar a existência de uma planta ou animal.
Para tentar melhorar a classificação das subáreas, neste triênio as áreas de genética e biologia geral serão avaliadas com critérios diferentes dos de botânica, ecologia, zoologia e oceanografia, que vão compor uma nova subárea: biodiversidade.


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