São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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CIÊNCIAS DA SAÚDE

Saúde coletiva se destaca na melhora de qualidade

Parcerias internacionais ajudam área a quase dobrar o número de notas 7 nesta avaliação

JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Campeã em número de programas de pós (449), a área de saúde também lidera em notas 6 e 5 -somam 42 e 110, respectivamente- e em descredenciamentos (19).
A boa notícia é que o número de notas 7 quase dobrou. Foram 15, contra oito da avaliação anterior, e duas delas são de saúde coletiva.
"Os dois programas firmaram fortes parcerias internacionais, são reconhecidos lá fora", diz Rita Barradas Barata, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenadora da área na Capes.
Nesse caso, as instituições priorizam periódicos internacionais ao publicar trabalhos, estimulam pesquisadores a escrever em inglês e incentivam o intercâmbio de professores e alunos, já que a competição internacional é a maior preocupação da área.
"As universidades americanas de saúde estão se organizando em consórcios para avançar em pesquisa e desenvolvimento", diz Arnaldo Lopes Colombo, pró-reitor de pós-graduação da Unifesp.
Ele acha que a integração de instituições seria benéfica, mas ainda não é comum no Brasil. Já há iniciativas nesse sentido -os cursos caminham para linhas de pesquisa que envolvem estudiosos com diferentes formações e habilidades.

SEM SUCESSO
De olho na multidisciplinaridade, alguns campos da medicina buscam fazer a ponte entre pesquisa em universidades e prática médica.
Só que ainda é difícil concretizar a meta. Um dos programas que tinha esse objetivo, o mestrado profissional em economia da saúde da Unifesp, teve nota insuficiente e recomendação da Capes de buscar convergência com outros cursos da instituição.
Segundo Colombo, esse será o destino de outros seis programas da Unifesp que receberam notas 1 e 2 e serão reformulados ou integrarão outras linhas de pesquisa.
"Se o médico passa para a pesquisa científica pura, ele se descaracteriza como especialista. Os programas sofrem com isso", comenta.
Para ele, a integração de equipes multidisciplinares, com médicos especialistas e profissionais de laboratório, pode suprir essa deficiência.


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