São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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ENGENHARIAS

Maior parte dos avaliados apenas cumpre o mínimo

Área fica em 3º lugar em número de notas máximas e é a segunda que menos teve cursos descredenciados

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O crescente interesse por informatização, automação e equipamentos para exploração da camada pré-sal confere bastante destaque à pesquisa em engenharia.
Neste ano foram criados ao menos 19 cursos de pós-graduação, segundo os coordenadores da área na Capes.
Em se tratando dos que já existem, a maior parte teve nota 3, a mínima para aprovação. Esse foi o conceito recebido por 38% dos programas, o segundo maior percentual entre as áreas e acima da média geral (31%).
O desempenho em notas 7 se destaca: a área fica em terceiro lugar em número (17) e percentual (5,5%) delas.
A pesquisa vai bem, mas ainda precisa ganhar mais espaço, aponta Nei Soma, coordenador de engenharia 3 na Capes. Ele destaca a necessidade de mais formação de engenheiros "desde a graduação até o doutorado".
"Contando as quatro áreas, engenharia ocupa a vigésima posição no ranking mundial de publicação de artigos científicos", ressalta.
A produção acadêmica cresceu 35% no triênio (2007 a 2009), segundo dados do NSI Thomson-Reuters (National Science Indicators). Nesse período, foram publicados por brasileiros 10.028 "papers" (artigos científicos); de 2001 a 2005, 8.776.
O mesmo levantamento mostra que, no ano passado, o número de citações de artigos -transcrição direta ou indireta de texto de um autor- do Brasil (4,19) superou o do Japão (3,88), país considerado referência internacional em avanços tecnológicos.

CREDIBILIDADE
Para Soma, isso sinaliza reconhecimento da credibilidade da pesquisa brasileira, ainda que a quantidade de artigos não esteja nas primeiras colocações.
Após a avaliação trienal, apenas dois programas foram descredenciados -a área foi a segunda que menos teve notas 1 e 2-, e apenas 6% deles tiveram redução de nota em relação ao exame anterior.
Dois programas com mestrado e doutorado tiveram o conceito rebaixado de 5 para 4: Ciências dos Materiais, do IME (Instituto Militar de Engenharia), e Engenharia Química, da UFRN. As instituições foram procuradas, mas não se pronunciaram. (MS)


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