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PSDB lançará mutirão para obter R$ 15 mi
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O PSDB tem até o fim de novembro para arrecadar cerca de
R$ 15 milhões para cobrir despesas de campanha de Geraldo
Alckmin à Presidência. Esse é o
buraco nas contas do comitê.
Segundo tucanos, os gastos
somavam, até sexta-feira, R$ 77
milhões. Mas não havia previsão de receita suficiente. Como
o prazo para prestação de contas é de até 30 dias após a votação, o PSDB se lançará num
mutirão em busca de novas
doações.
O governadores eleitos José
Serra (SP) e Aécio Neves (MG)
já foram convocados a ajudar.
Como governadores dos maiores Estados do país, terão condições de sensibilizar os empresários.
Vice-presidente do comitê financeiro, Paulo Bressan, confirma a necessidade de novas
contribuições. Mas explica que
só hoje, numa reunião em Brasília, será possível fechar as
contas e definir a estratégia de
arrecadação.
"Aí, saberemos quanto precisamos levantar [para fechar as
contas]", disse Paulo Bressan.
Segundo petistas envolvidos
no trabalho de arrecadação, o
comitê financeiro da campanha do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva também tem um
passivo de cerca de R$ 5 milhões, produto do aumento de
gastos na reta final.
Como houve segundo turno,
o volume de gastos aumentou.
Mas, com a reeleição do presidente, os petistas duvidam que
seja difícil arrecadar o valor.
Para o PSDB, o cenário é outro. E, se o comando da campanha não obtiver os recursos, a
conta será assumida pelo Diretório Nacional do partido, como aconteceu em 2002, quando Serra era candidato.
Na época, o PSDB herdou
uma dívida superior a R$ 4 milhões, hoje em pouco menos de
R$ 2 milhões. Para pagá-la, o
partido reteve parte do dinheiro destinado aos diretórios estaduais. Mas o risco é pior: em
caso de calote, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está autorizado a bloquear o repasse do
fundo partidário para pagar aos
credores.
Segundo Bressan, o pedido
de aumento de limite de gastos
- de R$ 85 milhões para R$ 95
milhões - era desnecessário.
Mas foi feito ao TSE por precaução.
Ao longo da campanha, o ritmo de doação variou ao sabor
das pesquisas. No início do segundo turno, por exemplo, o
comitê eleitoral de Alckmin foi
procurado espontaneamente
por empresários que, até então,
só haviam contribuído com a
candidatura de Lula.
Em dez dias, a equipe de
Alckmin arrecadou mais de R$
15 milhões, quase o suficiente
para o pagamento de despesas
programadas para o segundo
turno. Mas, consolidada a liderança de Lula, o volume de doações foi diminuindo.
Como havia dívidas do primeiro turno, as contas ontem
fechavam com esse rombo.
"Ainda existem compromissos
de doaçõão para o mês de novembro. Acreditamos que serão honrados", afirma Bressan
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