São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2006

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Reeleito evitou criticar Lula na reta final

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Figura de estilo concentrador nas decisões, o governador reeleito do Paraná, Roberto Requião de Mello e Silva (PMDB), 65, vai para o seu terceiro mandato -a primeira gestão foi de 1991 a 1994- refreando as críticas que fazia, havia uma semana, ao presidente Lula.
Requião dizia-se "frustrado por mudanças não cumpridas" e pela "reprise da política neoliberal".
A reaproximação, há uma semana, foi ditada pela conveniência da eleição: seu eleitorado, na maioria, também optou por Lula.
Admirador declarado de Hugo Chávez (presidente da Venezuela) e Néstor Kirchner (Argentina), Requião defende o Estado forte e salvaguardas ao capital nacional.
Ex-senador e ex-prefeito de Curitiba, Requião corta agora o último elo com seu ex-secretário da Agricultura Osmar Dias (PDT).
Sempre no campo adversário do ex-governador Jaime Lerner (PSB), Requião teve o governador José Richa (PSDB, morto em 2004) como o principal cabo eleitoral quando se elegeu prefeito, em 1985. Depois, chegou ao governo com o apoio de Alvaro Dias (PSDB). Todos compunham o mesmo PMDB, em que só Requião ficou.
Advogado e jornalista por formação, Requião completa em dezembro um mandato polêmico. Estimulou protestos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), rompeu contratos firmados pelo antecessor e distribuiu cargos à sua família e às de aliados.


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