São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 2005

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METAS SOCIAIS


Lula diz que "reduzir as desigualdades regionais no país tem sido uma obsessão"

Folha antecipa dados de pesquisa da ONU sobre indicadores sociais do Brasil



8 Objetivos do Milênio

Em setembro de 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas) convocou uma cúpula para estipular uma agenda ambiciosa: atingir, até 2015, um outro patamar de desenvolvimento global, alavancando o progresso nos países mais pobres do planeta.
Batizado de ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), o compromisso, regulado por 18 metas distribuídas em oito categorias, foi endossado por 189 líderes mundiais.
No meio do caminho entre os países pobres e os ricos, o Brasil também assinou o documento. Cinco anos depois, vai relativamente bem na ampliação da educação básica e na promoção da igualdade entre os sexos.
Em entrevista exclusiva à Folha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que o governo "está afinado com as metas". No que ele classifica como "objetivo humanitariamente mais relevante", contudo, o país patina: reduzir à metade a miséria e a fome dificilmente será possível.
O pior cenário, no entanto, é o do Objetivo 7, que pede mais saneamento e habitação e a proteção de florestas. Nesse ponto, o Brasil depende de investimentos vultosos.
O desempenho em relação a outros pontos é nebuloso. Especialistas não arriscam prognósticos para o combate à mortalidade infantil e materna e a doenças como Aids. Os dados, antecipados pela Folha neste especial, são de estudo do Pnud, a ser apresentado hoje pela ONU.
Mas a União não luta sozinha para melhorar seus indicadores sociais. Das grandes empresas do país, 96% investem em ações sociais, aplicando R$ 4,7 bilhões por ano. Parece muito, mas os recursos são uma gota diante da amplitude do problema. O principal mérito, nesse caso, é tornar as iniciativas não-governamentais um laboratório para inspirar programas públicos mais eficazes.


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