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PROVA
Aluno vai poder acrescentar informações para desenvolver respostas
Jornalismo deve exigir mais domínio de contextualização
da Reportagem Local
A contextualização das informações deverá ser uma das marcas da
prova de jornalismo do Exame Nacional de Cursos deste ano. Essa
habilidade será exigida de modo
mais intenso na prova deste ano.
Isso vai ocorrer de dois modos,
ambos a serem aplicados na parte
prática do exame. Primeiro, para
que o aluno possa desenvolver
-e, consequentemente, explicar- melhor suas respostas, o número de questões foi reduzido de
18 para 12.
Em segundo lugar, na questão
em que se pede para que o aluno
produza um texto para veículo impresso, ele poderá acrescentar informações aos dados que lhe serão
fornecidos. "A idéia é julgar sua capacidade de contextualização ao
elaborar um texto e, ao mesmo
tempo, verificar sua habilidade de
síntese, criatividade e eficácia comunicativa", diz Gerson Moreira
Lima, membro da Comissão de
Jornalismo do Exame Nacional de
Cursos e professor das universidades Católica de Santos (SP) e Santa
Cecília.
As informações que o aluno
acrescenta também visam aproximar o texto da prática, aproximando a resposta do aluno da realidade
das redações de jornais e revistas.
Outras características relevantes
da prova, na opinião de Nilson Lage, outro membro da comissão de
jornalismo, é a ênfase sobre a interface com a informática -que o
jornalista tem de dominar por causa do avanço da Internet e das novas tecnologias de comunicação-
e o caráter reflexivo das questões
que integram a segunda parte da
prova. "Devem ser evitadas perguntas pontuais, com respostas
pontuais, tipo certo ou errado", diz
Lage, que é professor da Universidade Federal de Santa Catarina. A
consequência disso é que o número de questões nessa parte também
será reduzido em relação ao ano
passado (de 15 para seis ou oito).
Diferentemente do jornalismo,
que fez alterações na estrutura e na
concepção da prova, as áreas de letras e matemática pretendem
manter o esquema do ano passado.
A idéia é permitir a criação de uma
série de resultados que permitam
perceber qual é a real situação dos
cursos. Tanto letras quanto matemática estão sendo avaliados, em
99, pela segunda vez.
"Nesse momento inicial, alterar
profundamente as orientações,
não permitiria o acúmulo de dados
comparáveis e não teríamos uma
sequência histórica com alguma
validação quantitativa e qualitativa", diz Francis Henrik Aubert,
professor do Departamento de Letras da USP e membro da comissão
da área para o Exame Nacional de
Cursos.
Na prova de odontologia, os estudantes também não devem verificar muitas mudanças em relação
aos anos anteriores. "Temos feito
alguns ajustes na formulação das
questões, mas não existem divergências quanto às diretrizes. Desde
o início as definições estão claras",
diz Antônio Cesar Perri de Carvalho, membro da Comissão de
Odontologia do Exame Nacional
de Cursos e professor da Unesp
(Universidade Estadual Paulista)
em Araçatuba. (MARTA AVANCINI)
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