São Paulo, Sábado, 12 de Junho de 1999
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Habilidades não são testadas

da Reportagem Local

Embora seja eficiente para avaliar o grau de conhecimento do aluno ao final da graduação, o Exame Nacional de Cursos deixa de medir habilidades importantes para o desempenho profissional. É a opinião de Arthur Roquete de Macedo, membro da Câmara de Ensino Superior do CNE (Conselho Nacional de Educação).
Ele cita como exemplo de habilidades que o provão deixaria de avaliar a relação interpessoal e ao comportamento do profissional em relação à sociedade.
O conselheiro acredita que, aliando-se os resultados do provão com a avaliação das condições de oferta, realizada sob a coordenação da Sesu (Secretaria de Ensino Superior), é possível aferir melhor. "Mas ainda não é suficiente, é preciso fazer mais."
Entre as sugestões de Macedo está a utilização dos resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para criar uma base de comparação entre a competência que o aluno tinha ao entrar na universidade e ao sair dela. "As universidades públicas recebem a elite, mais bem preparada, aí fica mais fácil para formar um bom aluno. Mas, as particulares, às vezes, acrescentam muito ao aluno que recebem e isso acaba não aparecendo no provão", diz ele.
Apesar das ressalvas, o conselheiro pensa que o provão suscitou a reflexão e a discussão sobre a qualidade. Um exemplo, diz ele, é um fórum de discussão sobre avaliação e qualidade, organizado pelo Semesp (Sindicato Estadual das Mantenedoras de Ensino Superior do Estado de São Paulo), marcado l para agosto. (MAv)


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