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Lesões geram meio santista desentrosado

Série A Titulares do setor atuaram, em média, em apenas 59% dos jogos

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Em menos de um mês, o Santos estreará no Mundial, seu maior objetivo nesta temporada. E deve iniciar a jornada pelo tricampeonato com um meio-campo que atuou uma única vez no ano.

Nenhum outro setor da equipe sofreu tanto com lesões em 2011. O resultado é que, levando-se em consideração a provável escalação dos volantes Henrique e Arouca e dos meias Elano e Paulo Henrique Ganso no torneio, os titulares foram a campo, em média, em apenas 59% dos jogos do time.

Pior: essa formação só iniciou um jogo no ano, contra o Fluminense, em agosto, no Brasileiro -os quatro jogaram juntos também contra o Ceará, mas com Ibson no meio e Ganso avançado.

Esse desentrosamento não é visto na defesa, com média de atuação de 79%, nem no ataque, com 73%.

Entre os meio-campistas, o mais assíduo é Henrique, contratado no meio da temporada e que não participou de apenas duas partidas.

Ignorados os números do camisa 7, Ganso, Arouca e Elano, sempre apontados como titulares absolutos para o Japão, iniciaram menos da metade dos jogos -49%.

Desses, o que mais corre risco de assistir ao Mundial do banco de reservas é Elano.

Contratado no início do ano por R$ 6,5 milhões, o meia fez ótimo primeiro semestre, foi convocado para a Copa América e, após perder um dos pênaltis na eliminação brasileira para o Paraguai, caiu em desgraça.

Antes de sofrer a lesão na coxa direita que o afasta dos gramados há 45 dias, ouviu vaias da torcidas pelas frequentes más atuações.

Só deve ser liberado pelo departamento médico nesta semana e terá que brigar por posição -pode ser beneficiado pela entorse sofrida pelo volante Adriano no duelo contra o Atlético-GO.

"O Elano vai voltar de pouquinho, não dá para arriscar agora", disse o técnico, que afirmou que o meia, quando estiver apto, terá que merecer uma vaga entre os titulares.

"Se estiver bem, joga. Se eu não tiver um critério e for justo, não tenho a mínima chance de impor respeito ao time."

Hoje, os reservas têm nova chance de mostrar que podem acompanhar o elenco no Mundial. Como contra o Ceará, o time que pega o Coritiba será formado apenas pelos atletas suplentes.

"Se o cara foi bem contra o Ceará e vai bem contra o Coritiba, eu troco. Aqui, ninguém tem cadeira cativa."

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