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Brasil quer hooligans fora da Copa

2014
Secretaria pediu identificação de torcedores violentos a sete países

DO RIO

O Brasil já começou a rastrear os hooligans para evitar que eles entrem no país durante a Copa do Mundo.

Vinculada ao Ministério da Justiça, a recém-criada Secretaria Especial para Grandes Eventos enviou às autoridades de sete países um relatório pedindo a identificação de possíveis "causadores de problemas" no Mundial.

Os documentos foram enviados aos chefes das polícias de Inglaterra, Alemanha, Holanda, África do Sul, Polônia, Argentina e Estados Unidos.

Segundo o governo, o torcedor identificado como problemático pela polícia do seu país pode ter o visto de entrada para o Brasil negado.

No caso dos países isentos de visto brasileiro, o controle será realizado nas fronteiras. Lá, eles poderão ser impedidos de entrar no país.

Pelo plano, a Receita Federal, a Polícia Federal e as Forças Armadas vão trabalhar de forma integrada no controle da entrada dos torcedores estrangeiros. Os organizadores do Mundial estimam que cerca de 600 mil torcedores assistam à Copa no Brasil.

Além de torcedores violentos, a secretaria quer identificar prováveis terroristas.

No último Mundial, um grupo de encrenqueiros da Argentina nem conseguiu descer do avião, em Johannesburgo. Identificados, foram despachados de volta.

Antes da Copa, as autoridades argentinas enviaram às forças de segurança da África do Sul os antecedentes de cerca de 800 torcedores de organizadas, 29 dos quais foram deportados ou não foram admitidos no país.

Apesar do cerco aos hooligans na África do Sul, um torcedor estrangeiro morreu durante uma briga na Copa.

O argentino Luis Forlenza sofreu um ataque cardíaco após briga da facção "Banda de Lomas" (do Boca Juniors), à qual pertencia, com rivais do Independiente nos arredores do estádio Green Point, na Cidade do Cabo, no dia da partida entre a seleção de seu país e a Alemanha.

A Secretaria Nacional de Grandes Eventos foi criada em agosto e acabou de definir o Plano Estratégico de Segurança para a Copa. O secretário José Ricardo Botelho passou a semana na Suíça se reunindo com especialistas.

Estima-se que 45 mil homens ligados às forças de segurança serão mobilizados, sem contar reforços das Forças Armadas e da Defesa Civil. Na África do Sul, o governo local gastou cerca de R$ 500 milhões na segurança. O Brasil ainda não definiu o valor do projeto. (SÉRGIO RANGEL)

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