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Melancolia Longe do título, Palmeiras e São Paulo disputam hoje clássico que sintetiza temporada de fracassos LUCAS REISRAFAEL REIS DE SÃO PAULO Palmeiras e São Paulo estarão no Pacaembu hoje; em jogo, prêmios de consolação. A penúltima rodada do Campeonato Brasileiro reservou a dois dos maiores rivais do Estado um clássico que é uma síntese de como se comportaram nesta temporada. Ao time do Morumbi resta a esperança de vencer hoje e domingo que vem para ainda ter chances de ir à Libertadores. Uma modesta ambição para quem até rodadas atrás pensava no título, apostou as fichas no jovem Lucas -que hoje não entra em campo, suspenso- e apresentou Luis Fabiano com toda a pompa que lhe é peculiar. Não deixar morrer o sonho de ir à Libertadores, em que Corinthians e Santos já estão garantidos, é o consolo de quem teve quatro técnicos diferentes na temporada e irritou sua torcida com tamanha instabilidade em campo. O time entra no jogo de hoje em sétimo na classificação. Se perder para o Palmeiras, pode só cumprir tabela ante o Santos, em seu próximo e último compromisso do ano. Seria a segunda temporada consecutiva do São Paulo fora da Libertadores. Algo normal para quase todos os clubes, mas sinônimo de crise e decadência para quem recentemente emendou sete participações consecutivas. "O São Paulo sempre foi um vanguardista. Quando acabava o ano, sempre apresentava uma novidade positiva. Mas o Brasil mudou muito nos últimos anos. Os jogadores querem mais do que só uma camisa vencedora", disse o técnico Emerson Leão. A contratação do treinador, no cargo há pouco mais de um mês, é uma mostra dos sinais dos tempos. Seu perfil autoritário desagrada parte da diretoria. Mas sua chegada foi vista como única chance de salvar a temporada já quase perdida. O prêmio de consolação do Palmeiras é ainda mais módico: o puro prazer de vencer um rival e, consequentemente, atrapalhar seu caminho. Pois não é nada além disso que os palmeirenses esperam hoje e, se for o caso, no próximo domingo, quando o Corinthians pode depender de uma vitória no dérbi para ser campeão brasileiro. No discurso de Luiz Felipe Scolari, atrapalhar os rivais não é o prêmio principal. Mas ele admite que é isso que quer a torcida, que, por sua vez, não deve lotar o Pacaembu hoje -pouco mais de 10 mil ingressos foram vendidos até a noite de anteontem. "Da forma com que nos colocamos no campeonato, é isso que o torcedor espera, pensa. Não nos classificamos para a Libertadores nem ficamos em primeiro lugar. Então torcedor pensa dessa forma. Nós deixamos que isso acontecesse", lamentou o técnico. De resto, o velho discurso da humildade, de terminar bem o ano, de conquistar três pontos e honrar a camisa. E dar um pouco de felicidade ao torcedor palmeirense em uma temporada marcada por derrotas dolorosas e eliminações vexatórias. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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