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Super precários

Com grandes arenas fechadas, última rodada terá clássicos em estádios acanhados e com alto risco de confusão

DE SÃO PAULO
DA AGÊNCIA FOLHA

O Campeonato Brasileiro mais emocionante e acirrado dos últimos anos será decidido em estádios acanhados, em obras, longe dos maiores palcos do país ou com jogos sob alto risco de confusão.

Entre os motivos, a preparação para a Copa de 2014 e a inovadora tabela feita pela CBF, que encheu de clássicos regionais a última rodada.

Sobram reclamações dos clubes e o temor da polícia.

O São Paulo, ainda com chances de classificação para a Libertadores, terá de jogar em Mogi Mirim, mesmo sendo o mandante. Pois, no mesmo horário, o Corinthians pode ser campeão no Pacaembu contra o Palmeiras.

Até ontem, a Polícia Militar de Mogi Mirim não havia recebido nenhum ofício para realizar a segurança do clássico. Em São Paulo, a polícia diz que Corinthians e Palmeiras será a partida de maior risco desta temporada.

A diretoria são-paulina se queixou e reivindicou seu posto como mandante. O Botafogo fez o mesmo: também com chances de ir à Libertadores no confronto com o Fluminense, viu a CBF tirar seu mando e levar para Volta Redonda. Mesmo sendo o Botafogo o gestor do Engenhão, o estádio será palco de Vasco x Flamengo, em que também pode ser definido o campeão.

O presidente do Botafogo disse que acionará o tribunal desportivo. "A CBF tem poderes para, caso ache conveniente, tirar o jogo do Botafogo. Não ficamos satisfeitos, mas acho difícil reverter isso", disse o vice-presidente Antônio Carlos Mantuano.

CLÁSSICOS

Nas disputas entre Cruzeiro e Atlético-MG, Atlético-PR e Coritiba e Inter e Grêmio, serão adotados desde torcida única até helicópteros para casos de confronto.

Em Minas, sem o Mineirão, o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG será em Sete Lagoas e terá, por medidas de segurança, apenas a torcida do Cruzeiro, que pode ser rebaixado - a previsão é que a Polícia Militar reforce o efetivo para evitar problemas.

Em Curitiba, o esquema de segurança será triplicado na Arena da Baixada, onde Atlético-PR e Coritiba se enfrentam. Os atleticanos jogam pela permanência na Série A; o Coritiba sonha com Libertadores. O estádio terá 900 policiais, em vez dos habituais 320, e 250 seguranças.

Dois helicópteros monitorarão o entorno do estádio -é a primeira vez que aeronaves serão usadas na segurança de jogos. Em 2009, quando o Coritiba foi rebaixado, houve invasão e brigas no gramado.

Em Porto Alegre, a Brigada Militar prepara um forte esquema para o Gre-Nal, que pode dar ao Inter uma vaga na Libertadores. O jogo será no Beira-Rio, parcialmente interditado por causa das obras para a Copa de 2014.

Por isso, em vez dos habituais 55 mil lugares, só 40 mil estarão disponíveis- gremistas terão 2.800 ingressos. No último clássico, houve tumulto.

(LEONARDO LOURENÇO, LUCAS REIS, ESTELITA HASS CARAZZAI, FELIPE BÄCHTOLD E JEAN-PHILIP STRUCK)

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