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Futebol - Rodrigo Bueno

@RodrigoBuenoESP
rodrigo.bueno@grupofolha.com.br

O bom exemplo está em cima do Equador

Era uma vez um time que foi rebaixado. Era tradicional em seu país sem tradição no futebol. Era o ano de 2000, o mesmo em que tinha dividido um grupo com os poderosos América-MEX, Corinthians e Olimpia-PAR.

O time jogou a Série B em 2001 tentando aliviar a crise econômica e institucional que vivia. Com um técnico argentino, conseguiu uma grande campanha e voltou à elite nacional, sem ambição para voos maiores.

Em 2002, veio um razoável quarto lugar no campeonato local. No ano seguinte, com a conquista do torneio nacional, começou a nova era. Na Libertadores de 2004, um 3 a 0 no São Paulo e um 4 a 2 no Santos, dois brasileiros então bicampeões continentais e mundiais. Em 2006, cedeu sete atletas para sua seleção na Copa da Alemanha.

O Internacional, time brasileiro mais internacional deste século, ganhou a América pela primeira vez em 2006, mas caiu ante esse outrora inofensivo clube.

Depois do título nacional em 2007, a Libertadores estava ainda mais familiar e acessível. O Fluminense deixou o Maracanã mais lindo do que nunca para celebrar seu batismo internacional oficial como campeão. E houve sim um batismo. A LDU encaixou Libertadores, Sul-Americana e Recopas.

Bolaños, Guerrón, Reasco, Urrutia... O time equatoriano, que rivalizava mais com a Sociedad Deportiva Aucas até alguns poucos anos, virou exportador de jogadores e fantasma não só para o Flu. Outros ricos do país e da Argentina, como o Vélez anteontem, sucumbiram diante da nova força.

Edgardo Bauza é o treinador gringo que voltou em 2010 como se não tivesse saído, assim como a nata do elenco, candidato a enfileirar de novo Sul-Americana, Libertadores, Recopa...

Quantos times brasileiros não devem estar com inveja da LDU? Olhar para a Europa e tê-la como modelo é ótimo, mas às vezes o melhor exemplo está ao lado.

ENFIM...

...JUNTAS

O presidente da CBF, o pressionado Ricardo Teixeira, anuncia hoje que é possível sim clubes brasileiros disputarem Libertadores e Copa do Brasil simultaneamente, algo que esta coluna sempre disse. Isso voltará a ser uma sadia prática no país a partir do outro ano. Se na Europa todos os grandes podem jogar copas nacionais e internacionais, por que aqui não daria?

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