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Fator Ralf

Corinthians vai ter que se virar sem o camisa 5, maior ladrão de bolas e responsável pela estabilidade defensiva do time

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Corinthians vai tentar ser campeão brasileiro no domingo, contra o Palmeiras, sem dois titulares do meio de campo, ambos suspensos.

Substituir Danilo é o mais simples dos problemas para Tite: Alex, que já pedia passagem e foi decisivo nos dois últimos jogos, será titular.

Substituir Ralf é bem mais difícil. É tão complicado que o treinador do Corinthians disse ter nada menos do que cinco opções para o lugar do camisa 5, que levou o terceiro cartão amarelo na última rodada, contra o Figueirense.

"Pode ser Edenilson, Moradei, Bruno Octavio", disse Tite, citando os três volantes reservas que tem à disposição. "Mas pode ser [o lateral direito] Alessandro, que já jogou por ali, ou até Wallace [zagueiro], que também foi volante, no Vitória."

Até agora, Tite pouco improvisou quando teve desfalques para armar o time. As exceções foram nas laterais, por causa do excesso de lesões das quatro opções de que dispõe: Alessandro e Welder na direita, Fábio Santos e Ramón na esquerda.

Nos quatro jogos em que não pôde contar com Ralf, por suspensão ou por convocação para a seleção brasileira, Tite optou por Moradei.

E o retrospecto não é dos melhores: vitória ante Atlético-GO, empate com Santos e derrotas para Botafogo e Coritiba, ou seja, quatro pontos em 12 disputados (aproveitamento de 33%), três gols anotados, três sofridos.

O desempenho do Corinthians com seu camisa 5 como titular é muito melhor: 67% de aproveitamento, mais do que suficiente para ser campeão nacional neste ano.

O time do Parque São Jorge chega à última rodada com 63,1% de aproveitamento e 70 pontos, dois a mais do que o vice-líder, Vasco, único que pode ameaçar o título.

Se o Corinthians tem a melhor defesa do Campeonato Brasileiro -36 gols sofridos, contra 39 de Vasco e Palmeiras- muito disso se deve ao trabalho de Ralf.

O volante é o segundo jogador que mais rouba bolas no Nacional. Tem 21,3 desarmes por partida e só perde para Dedé, do Vasco.

Ralf também é um dos poucos atletas que nunca foi substituído. Nas 33 vezes em que esteve em campo, aguentou até o final do jogo.

A regularidade lhe valeu as primeiras convocações para a seleção. Foi o único corintiano chamado por Mano Menezes para o time principal. Paulinho foi lembrado, mas para a seleção local.

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