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Moda Londres Dois anos após proibição dos supermaiôs, empresa lança traje que, se cumprir promessa de ganho de performance, deve ser alvo de cobiça
DE SÃO PAULO Banidos da natação em 2010, os supermaiôs ganham nova versão e surgem como candidatos a objetos de desejo dos atletas em Londres-12. Mesma fabricante do LZR Racer, que vestiu a maior parte dos nadadores nos Jogos de Pequim-2008, a Speedo lança hoje o Fastskin3 Racing System, um conjunto de maiô, touca e óculos. Apesar de o marketing da empresa afirmar que os três elementos foram desenvolvidos em conjunto para "otimizar o conforto do atleta e a performance na água", fica claro que o maiô é o maior responsável por um possível ganho de performance. O traje, que foi aprovado pela Fina (Federação Internacional de Natação) em julho, é apresentado como dotado de um novo sistema, que garantiria compressão em áreas-chave para esculpir o corpo em forma mais eficiente. O material do maiô redu-ziria o arrasto de fricção da pele em até 2,7% e teria uma tecnologia para reduzir a absorção de água. A inovação dos óculos é o design, que inclui uma tonalidade azul/cinza na lente visando uma sensação de calma e foco. Psicólogos teriam sido consultados para opinar sobre as melhores cores. Com essas inovações, a Speedo cita, por exemplo, que a utilização de seu novo sistema reduz em 16,6% o arrasto no corpo inteiro e melhora em 3% as saídas. A empresa adicionou ainda o depoimento de Michael Phelps, seu principal garoto- -propaganda. "Eu me sinto confiante e confortável." Se esses números se comprovarem nas próximas competições, é quase certo que as concorrentes desenvolvam produtos semelhantes. Em 2008, a coqueluche era o LZR. Nos Jogos de Pequim, os nadadores chegaram a ficar horas em uma fila para conseguir seu exemplar. Depois, outras fabricantes, como Jaked e Arena (patrocinadora de Cesar Cielo), desenvolveram trajes que roubaram mercado da Speedo. Esses trajes dominaram as piscinas durante dois anos (2008 e 2009), período no qual participaram de cerca de 250 quebras de recordes mundiais. As peças influenciavam principalmente na flutuabilidade dos nadadores. Os modelos eram cobertos por poliuretano, o que tornava o traje impermeável. A barreira permitia acúmulo de ar, o que ajudava na flutuação. Os trajes passaram a proliferar, e a Fina perdeu o controle. Em uma tentativa de remediar a situação, a entidade passou a analisar as peças. Centenas de maiôs buscavam o aval antes de serem utilizados em competições. A Fina decidiu então que, partir de 2010, só seriam permitidos bermudas para homens e "macaquinhos" para mulheres fabricados de um material têxtil, e os recordes se tornaram mais raros. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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