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Rio ou SP

Corinthians e Vasco decidem hoje qual Estado levará o título do Campeonato Brasileiro em uma temporada dominada por paulistas e cariocas

DE SÃO PAULO

Depois de 11 anos, o Campeonato Brasileiro volta a assistir a uma disputa polarizada por paulistas e cariocas.

É um dos capítulos finais de uma temporada protagonizada pelos dois Estados vizinhos que historicamente dominam o futebol do Brasil.

Em 2000, Vasco e São Caetano decidiram o título da Copa João Havelange, o Nacional daquele ano, e o time do Rio se sagrou campeão. Agora tenta, de novo, tirar a taça de uma equipe paulista.

Desde os primeiros dias de 2011, quando o Flamengo levou a melhor sobre o Palmeiras -e o Grêmio- e conseguiu repatriar o meia-atacante Ronaldinho, Rio e São Paulo se alternaram em disputas dentro e fora de campo.

Em títulos, por enquanto, há empate: os vascaínos levaram a Copa do Brasil, e os santistas, a Libertadores. O ano pode terminar empatado, já que o Santos ainda disputará o Mundial de clubes. Ou com uma lavada paulista, que pode terminar a temporada com três títulos, justamente os mais importantes.

Nos confrontos diretos neste Brasileiro, os cariocas levam confortável vantagem.

Até a penúltima rodada, os times do Rio venceram 15 vezes os paulistas, que, por sua vez, saíram vitoriosos em apenas nove confrontos.

Na capacidade de atrair torcedores aos estádios, a vantagem é de São Paulo. Os clubes do Estado atraíram uma média superior a 1.000 pagantes a mais por partida.

Há disputa até mesmo nas convocações para a seleção. Clubes paulistas cederam seus atletas em 40 oportunidades durante 2011; os cariocas tiveram 31 chamados.

A guerra de Rio e São Paulo também ficou evidente no mercado de contratações. Além de Ronaldinho, Adriano também foi disputado por equipes dos dois Estados, e acabou no Corinthians.

Outro foi o meia Martinuccio. Contratado pelo Fluminense após se destacar na Libertadores pelo Peñarol, ele causou a ira do Palmeiras, que chegou a acionar a Justiça sob alegação de que o argentino assinara contrato.

O técnico Muricy Ramalho também apimentou a briga: deixou o Rio de Janeiro criticando o Fluminense, assumiu o Santos e foi campeão.

Até mesmo o carioca Ronaldo entrou nessa história. Ele já esquentara a rivalidade ao trocar o Flamengo pelo Corinthians. Mas foi neste ano que o atacante fez uma partida de despedida da seleção brasileira. E a partida aconteceu no Pacaembu, o mais paulista dos estádios.

A rivalidade também chegou à política de bastidores da Copa do Mundo de 2014.

Antes tida como coadjuvante, a capital paulista ganhou espaço na Copa de 2014, recebendo a abertura, que será com o Brasil em campo, e o congresso da Fifa. Enquanto isso, o Maracanã só verá a seleção se ela chegar até a decisão do Mundial.

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