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Tostão Festa do futebol Com pouco brilho técnico, termina o campeonato mais emocionante do mundo. Faltam grandes times Hoje não é dia de exigir belas partidas nem de se fazer minuciosas análises técnicas. É dia de torcer. Colocar os clássicos regionais na última rodada foi uma boa ideia, para evitar jogos arrumados e para celebrar a festa do futebol. O controle das emoções será fator decisivo. Quase todas as equipes vão ter um auxiliar só para acompanhar os resultados e os detalhes técnicos das outras partidas. A bolinha da TV Globo será a estrela dos jogos. Os narradores vão trabalhar como nunca. O Corinthians tem muito mais chance de ser campeão, porém, vitórias de Palmeiras e Vasco são resultados normais. O Cruzeiro, por causa da venda de vários bons jogadores, contusões, troca de vários treinadores, más contratações e pela queda psicológica após a precoce eliminação da Libertadores, vive um momento inimaginável. O presidente Zezé Perrella é um dos responsáveis. E ainda se tornou senador, sem ter preparo para o cargo. Hoje é dia também de escutar milhares de chavões e que o campeonato é o mais emocionante do mundo. E é. Porém, com pouco brilho técnico. Faltam grandes equipes. JOGO DE INTERESSES O Corinthians, por influência da CBF, vai receber mais de R$ 400 milhões em benefícios fiscais, dinheiro público, da Prefeitura de São Paulo, para construir um estádio particular, que será usado na Copa. Vai faturar ainda uns R$ 300 milhões com a venda do nome do estádio. Não existe negócio melhor. E o presidente do Corinthians terá ainda um salário de R$ 50 mil para ser diretor de seleções da CBF, cargo que deveria ser técnico. No mesmo pacote, Ricardo Teixeira pôs Ronaldo como membro do comitê da Copa. É nítido o conflito de interesses entre o empresário, com negócios no esporte, e o cargo. É nítido também que Ronaldo será um escudo para Ricardo Teixeira e para o comitê. Dirigentes, quando são pressionados, costumam convidar ex-atletas, ídolos, pessoas influentes para cargos de direção e/ou para serem garotos-propaganda. Com raras exceções, ex-atletas, por interesse, paixão pelo esporte, vaidade, por não suportarem o anonimato ou por todos esses motivos, adoram ficar perto do poder. Para isso, mudam de lado, de acordo com as conveniências. A troca interesseira de favores, o corporativismo, o nepotismo e a ética da conveniência, características do ser humano, são mais marcantes no futebol e na vida brasileira. Como se dizia em um programa de humor, "brasileiro é tão bonzinho". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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