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Depoimento

Meu caso de amor profundo pelo Vasco da Gama

SÉRGIO CABRAL
ESPECIAL PARA A FOLHA

Foi meu pai quem me ensinou a amar o Vasco da Gama. Em 1969, eu tinha seis anos e, como o time estava havia 11 sem títulos, o Cabral me arrastava para os jogos dos juvenis, que ganhavam sempre.

Em 70, enfim vi o meu time campeão. Desde então, tenho um caso de amor profundo com o Vasco.

As histórias das nossas paixões, como o futebol, são pedaços indissociáveis da história da vida da gente. Hoje, tantos anos e títulos depois, estou angustiado e feliz com o grande desempenho do clube no Brasileiro. E várias histórias me vêm à cabeça.

Nascido na zona Norte do Rio, o Vasco é um time essencialmente popular, cuja raiz está nas classes mais baixas. Tem a marca da democracia e da igualdade: foi o primeiro time do Brasil a aceitar negros. Na época, mesmo rejeitado pelos adversários, não se rendeu à pressão racista.

Décadas depois, a democracia voltou a mostrar a força quando o seu maior ídolo, Roberto Dinamite, assumiu a presidência, após 20 anos de autoritarismo no clube. O sofrimento com a queda à segunda divisão em pouco tempo deu lugar à alegria pelo título e a volta à elite. Em 2011, ganhamos a Copa do Brasil. Agora, temos a chance de ganhar o quinto Brasileiro.

De história em história, de pai para filho, é junto dos meus, João Pedro, Marco Antônio, José Eduardo, Tiago e Mateus, que vou torcer por mais uma vitória. E é pela sua história que, se o Vasco for campeão, o povo do Rio estará muito bem representado.

SÉRGIO CABRAL, governador do Rio, é vascaíno

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