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Superliga é inimiga e aliada de Londres-12

VÔLEI

Olimpíada motiva atletas em torneio nacional, mas calendário apertado pode causar desgaste físico

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

"Um dos grandes atrativos dessa Superliga é que esta é a edição que vai anteceder a Olimpíada. Então está todo mundo motivado para jogar bem e colocar dúvidas na cabeça do Zé Roberto [Guimarães, técnico do Brasil]", disse Fabi, da seleção e do Rio, atual campeão da Superliga.

O entusiasmo da líbero em relação ao torneio nacional, que tem início hoje, é compartilhado por outros atletas que sonham disputar os próximos Jogos, em julho.

Por uma vaga na seleção masculina, uma das disputas mais acirradas deverá ocorrer entre os opostos.

Théo, do RJX, Wallace Martins, do Sesi, e Wallace de Souza, do Cruzeiro, concorrem a uma das duas vagas da posição na equipe que irá a Londres-2012. O outro concorrente é Leandro Vissotto, que joga na Itália.

"Espero jogar tão bem quanto na última Superliga para poder beliscar uma vaga na convocação da Olimpíada", disse Wallace, do Sesi, que foi o maior pontuador da última temporada.

Londres-2012 tem sido a motivação extra para os atletas da seleção, que vêm de um ano desgastante, e quase não tiveram folga em 2011.

Os jogadores da seleção masculina chegaram do Japão na segunda, onde obtiveram o bronze e asseguraram a vaga olímpica, e já vão se deparar com confrontos difíceis na estreia da Superliga.

Na rodada inicial, o torneio masculino terá o duelo entre dois favoritos ao título.

O atual campeão Sesi enfrentará amanhã, às 11h30, o recém-criado RJX.

Os elencos das duas equipes contam com dez atletas da seleção. Mas, devido ao calendário apertado do vôlei nacional, alguns desses jogadores devem ser poupados.

"Seria muita imprudência nossa se a gente não fizesse [um planejamento para poupar os jogadores da seleção], declarou Giovane Gávio, técnico do Sesi, que conta com as estrelas Murilo, Sidão, Escadinha e Rodrigão.

"Eles chegam esgotados, não só fisicamente, mas mentalmente também. A Copa do Mundo é um campeonato dificílimo. A gente precisa ter um pouco de bom senso. Um pouco de sacrifício é bem-vindo, mas é preciso cuidado."

No Florianópolis, o técnico Marcos Pacheco disse que também fez um plano de recuperação dos jogadores da seleção. Segundo ele, Giba, que, assim como Murilo, acabou sobrecarregado na Copa do Mundo devido à lesão de Dante, não deve atuar como titular nos jogos iniciais.

No caso da seleção feminina, o risco de desgaste das atletas antes de Londres-2012 é ainda maior, uma vez que, em todos os meses até os Jogos, há torneios previstos.

Logo após a Superliga, que termina em abril, haverá a disputa do Pré-Olímpico sul-americano, em maio.

No mês seguinte, já terá o Grand Prix, que adotará o formato da Liga Mundial, com um périplo por oito países.

O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei já manifestou a vontade de que o Brasil não participe desta última competição, para não desgastar as jogadoras.

NA TV
São Caetano x Osasco
21h Sportv

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