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Santos apela a vídeos na internet para exibir marcas de patrocinadores vetadas pela Fifa

LEONARDO LOURENÇO
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS A NAGOYA

O Santos precisou apelar à internet para amenizar as restrições impostas pela Fifa para a exposição de marcas que não são parceiras da entidade neste Mundial de Clubes.

Hoje, às 8h30 (19h30 em Toyota), o time fará o reconhecimento do Toyota Stadium. Pouco antes, o técnico Muricy Ramalho, o zagueiro Edu Dracena e o volante Henrique falam com a imprensa.

Na véspera da estreia do time no principal torneio da temporada, contra o Kashiwa Reysol, quase todas as empresas que patrocinaram o Santos durante este ano foram rifadas dos eventos.

Com exceção do banco BMG, que estampará o uniforme de treino da equipe, todas as outras marcas que se uniram ao clube em 2011 estarão escondidas hoje.

A determinação é da Fifa, que permite apenas que o patrocinador máster dos clubes apareça nos eventos oficiais da competição que organiza.

Para tentar reparar parte dos danos causados a seus apoiadores, o Santos tem se aproveitado da internet.

Ontem, transmitiu pelo seu canal de vídeos no YouTube, a Santos TV, todo o treino da equipe de Muricy Ramalho.

Para ocasiões como essa, o clube negociou diretamente com a entidade uma autorização para que pudesse exibir normalmente as logos de todos os seus patrocinadores.

Conseguiu em partes. Nos primeiros treinos, os não oficiais, tudo liberado. Além disso, só poderia apresentar as marcas em áreas fechadas. Assim, colocou um painel com os símbolos de todas as outras companhias na zona mista, onde os jogadores dão entrevista após cada treino.

Além disso, montou um miniestúdio no hotel, onde são feitas entrevistas com os atletas. Tudo na frente de um painel que ostenta as logos de seis empresas diferentes.

No primeiro dos programas, com o zagueiro e capitão Edu Dracena, o YouTube registra mais de 9.000 visualizações. A diretoria de comunicação estima que cerca de 15 mil pessoas assistiram ao programa ao vivo.

"Isso não foi previsto [nos contratos de patrocínio], mas houve o fato, e comunicamos as empresas. A gente é refém do regulamento. Algumas ficaram um pouco mais decepcionadas", explicou o gerente de marketing do time da Vila Belmiro, Armênio Neto.

"[As ações na internet] acabam compensando um pouco. É uma situação que abre precedente. A Fifa percebe que esta é a realidade [ter mais de um patrocinador na camisa] fora da Europa."

As restrições da Fifa não se resumem apenas aos apoiadores. O próprio Santos precisou adaptar sua camisa para disputar o torneio.

O time, que terá a marca BMG só no peito e num tamanho menor do que o normal, também teve que diminuir seu escudo e excluir a frase "Nascer, viver e no Santos morrer", de seu hino, que vinha bordada na gola.

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