Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
48 anos depois Amparado pela ousadia de um garoto de 19 anos, Santos tenta fazer frente a time mais badalado do planeta para se sagrar tricampeão mundial
RODRIGO BUENO ENVIADOS ESPECIAIS A YOKOHAMA São 48 anos de espera desde que o Santos bordou, pela última vez, uma estrela em sua histórica camisa. Hoje, a partir das 8h30 e diante do mais poderoso rival que poderia ter, o clube tentará, enfim, conquistar o seu terceiro título mundial. Desta vez, sem Pelé, Pepe, Dorval, Coutinho ou Mengálvio, as esperanças santistas de subverter a lógica e bater o Barcelona em Yokohama se concentram nas chuteiras de um garoto de só 19 anos. Parafraseando o bordão que utiliza, Neymar terá a missão de impor a sua ousadia para poder dar alegria aos torcedores do time. "É a partida mais importante não só para mim, mas para todos os meu companheiros e para o Santos. Um jogo para marcar a história do futebol", disse ontem o mirrado atacante, que hoje terá pela frente a consagrada linha de defesa barcelonista. "Mas não estou nem um pouco nervoso. Para mim, não importa o time ou o campo. O que me importa é jogar futebol. É só mais um jogo", completou, tentando passar uma tranquilidade que o treinador Muricy Ramalho, já bem mais experiente, deixou claro que não sente. "Aqui, eu não dormi nada. Acho que hoje [ontem] vai ser mais uma noite em que eu vou assistir TV", afirmou. "A ansiedade sempre existe. Quando não tiver mais é porque é a hora de ir para casa", adicionou o treinador. "Serão 90 minutos em que a gente pode entrar para a história do clube", declarou o capitão Edu Dracena. "De repente, pode esquecer tática, técnica, ir mais na vontade e 100% concentrado." Assim como a vontade de marcar seus nomes no Santos, os jogadores também repetem o discurso de respeito ao Barcelona, tido como a melhor equipe do planeta. "Eles têm o time mais poderoso do mundo. Mas, com inteligência, o Santos terá a chance de ser campeão", declarou o centroavante Borges. "O Barcelona é o melhor do mundo. Quem disser outra coisa está errado. Mas temos o sonho de ganhar o jogo", analisou Muricy, que escondeu a escalação da final. "Apesar da diferente grandeza que existe entre os clubes, principalmente na parte econômica, vamos fazer o máximo para representar bem o país e nossa cidade. Vamos tentar levar o título." Taça que pode coroar de vez Neymar, que hoje busca o centésimo gol da carreira, como o maior jogador do clube após Pelé, mesmo com só três anos como profissional. E justamente contra um dos gigantes que tentaram levá-lo para a Europa recentemente. Mas Neymar, contra a corrente, decidiu ficar. Ousadia que pode significar a alegria da terceira estrela na já reluzente camisa santista. - Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |