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Torero, no Japão

Lelê explica a importância de o Santos jogar o Mundial de novo

JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA

Se a dona Adriana, minha professora de português lá no Lourdes Ortiz, pedisse para eu escrever uma redação sobre o tema: "Por que é importante o Santos estar de novo na final do Mundial?", eu ia escrever assim:

É importante o Santos estar de novo na final do Mundial porque as outras finais do Santos são em preto e branco, e essa será em cores.

As outras foram para meu avô contar. Essa eu é que vou contar para todo mundo. Os outros títulos, nem o meu tio Torero viu. Esse ele pode ver. E eu também. E o Santos não é mais só um time de antigamente, também é de hojedamente (a palavra não existia, mas agora existe porque eu inventei). Ainda mais que o cara do time é o Neymar, que é só um pouco mais velho que eu, que tenho dez anos.

Pode ser que o Santos nem ganhe do Barcelona, mas mesmo assim todo mundo vai lembrar do jogo para sempre, e por isso não vai dar mais para dizer que o Santos só era bonzão no tempo do Pelé.

Quando aparecem aqueles velhinhos em programa na tevê, eles falam que bons mesmo eram os jogadores dos tempos deles. Mas é que eles eram crianças naquele tempo. Aposto que no futuro eu vou dizer que bom mesmo era o Léo, que corre muito, que era o Rafael, que pegava todas, que era o Borges, que fazia um monte de gol, que era o Arouca, que roubava um monte de bola, que era o Ganso, que dava uns superpasses, e que era o Neymar.

É legal ter passado. Mas é melhor ter presente e futuro (pô, nessa eu caprichei!).

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