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Plantar, colher

Com Barcelona e Santos liderados por Messi e Neymar, Mundial de 2011 é prova de que vale investir na base

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

Se há um recado que o Mundial de Clubes deste ano vai dar para a história é que vale mesmo muito a pena investir nas divisões de base. Barcelona e Santos são exemplos de sucesso na revelação de talentos e contam com pratas da casa para triunfar.

De um lado, as famosas canteras do time catalão. Do outro, a produção de meninos da Vila. Os dois principais jogadores de ambos os times, neste momento, são exemplos de craques bem trabalhados desde cedo.

Neymar é considerado joia santista desde o começo da adolescência. Aos 14 anos, quando já era assediado até pelo Real Madrid, virou celebridade no Santos ao ganhar R$ 1 milhão para continuar no clube do litoral paulista.

Messi, por sua vez, chegou ao Barcelona aos 13 anos. Começou a jogar no Newell's Old Boys e poderia ter atuado no River Plate se esse aceitasse pagar seu tratamento hormonal, mas acabou pinçado pelo Barcelona. Lá, desenvolveu-se como atleta.

O Santos incrementou bastante neste século suas divisões de base. No primeiro título de expressão, já veio a marca dos garotos feitos em casa: Diego e Robinho eram as estrelas do time que foi campeão brasileiro em 2002.

No atual elenco no Mundial, o Santos conta com sete jogadores que são crias do próprio clube. O segundo jogador mais valorizado do elenco também vem das categorias de base. Paulo Henrique Ganso ascendeu com Neymar ao time principal.

Outro titular e destaque do grupo que saiu dos times de baixo é o goleiro Rafael, que, pela sua posição, poderia, em tese, encontrar mais dificuldade em ser aproveitado tão cedo na equipe principal.

O Barcelona, por sua vez, possui 14 jogadores formados em casa dentre os 23 que integram a lista do Mundial.

Os principais nomes do elenco, como Iniesta e Xavi, foram forjados pelo time catalão, que ensina desde a base a prática do futebol vistoso que virou a marca do time.

Além de ótima estrutura, o Barcelona conta com uma rede de olheiros e profissionais mundo afora para caçar talentos. Costuma contratar de clubes menores atletas bem jovens e com potencial e os molda até o Barcelona B.

Fàbregas, Puyol, Busquets, Fontàs e Pedro são exemplos de atletas que iniciaram cedo em equipes de pouca expressão e atraíram a atenção do Barcelona. O brasileiro naturalizado espanhol Thiago, filho do ex-jogador Mazinho, jogou pelo Flamengo, mas acabou seduzido pelo time.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já chegou a reclamar que times europeus levavam estrangeiros demais ao Mundial de Clubes, mas 14 dos jogadores do Barcelona têm nacionalidade espanhola, fruto de sua base forte.

Até o técnico Guardiola, que se acostumou a lançar garotos no clube, foi formado como jogador e como treinador dentro do Barça. (LEONARDO LOURENÇO E RODRIGO BUENO)

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