Sucesso faz técnico ter mais poder

A campanha histórica da seleção feminina de handebol no Mundial que se encerra hoje, em São Paulo, deve aumentar a influência do técnico dinamarquês Morten Soubak sobre a modalidade.

A equipe se despede da competição contra a atual tricampeã mundial Rússia em duelo pelo quinto lugar, às 11h45. Mesmo que saia derrotado e termine no sexto posto, o Brasil terá feito sua melhor campanha em Mundiais.

Até então, a sétima colocação alcançada no Mundial de 2005, na Rússia, era seu resultado mais expressivo.

Soubak colherá os louros pela façanha. O projeto da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) para os Jogos do Rio-2016 dará maior autonomia ao treinador.

Será montada uma seleção B em 2012 que se fundirá à principal no ano seguinte.

Faz parte do projeto a inauguração do centro de treinamento da confederação em São Bernardo do Campo (SP), também prevista para 2012.

"Morten viajará pelo país, acompanhará campeonatos pelos Estados e vai ter mais influência nas categorias de base", informou Manoel Luiz Oliveira, presidente da confederação brasileira.

"O Mundial em São Paulo serviu para comprovar que, com mais um pouquinho, o handebol brasileiro conquista uma medalha em Olimpíada", declarou Oliveira.

O dirigente se reunirá com o técnico nesta semana.

A CBHb informou que o vínculo do dinamarquês com a entidade acaba de ser renovado até o final da Olimpíada de Londres. Ele comanda o time nacional desde 2009.

Conquistou o Pan de Guadalajara de forma invicta, obteve a vaga olímpica e o histórico resultado no Mundial.

Casado com uma brasileira e com um filho nascido no país, Soubak diz ser baiano. "Às vezes, acho que nasci no país errado", disse ele à reportagem antes do campeonato. O treinador já havia demonstrado publicamente sua vontade de atuar também com as categorias de base.

"As pessoas têm que começar a praticar o handebol mais cedo, e é preciso que se desenvolva o esporte em mais cidades", disse Soubak.

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