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Muito mais time

Barcelona sobra contra o Santos, e final do Mundial tem a maior goleada em 50 anos

LEONARDO LOURENÇO
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS A YOKOHAMA

Santos 0
Barcelona 4
Messi, aos 17min, Xavi aos 24min, e Fàbregas, aos 45min do 1º tempo; Messi, aos 37min do 2º tempo

Foram muitas comparações entre Barcelona e Santos, entre Messi e Neymar. Mas a distância entre eles foi enorme: 4 a 0 e um show.

A maior goleada em decisões do Mundial desde 1961 (Peñarol 5 x 0 Benfica) coroou um time que já está na história como uma máquina de ganhar títulos e de ainda praticar um futebol vistoso.

Desde que Josep Guardiola assumiu o clube catalão, são 16 títulos disputados e 13 conquistados, dentre eles os dois Mundiais que a equipe espanhola possui, algo que atormentava o arquirrival do tricampeão Real Madrid.

Além do placar elástico, incomum em decisões no Japão, o Barcelona impôs seu estilo de forma avassaladora, ficando com 71% de posse de bola e criando várias chances, mandando bolas na trave, fazendo lances de efeito.

Messi, autor de dois tentos, foi eleito o melhor jogador do torneio. Xavi, com gol e assistência na final, ficou em segundo lugar. Coube a Neymar, quase nulo na decisão, o bronze do torneio.

O título do Barça foi definido ainda no primeiro tempo.

Rafael, principal figura santista em campo apesar dos 4 a 0, já tinha interceptado um chute de Messi e feito outras duas boas intervenções quando foi vazado pela primeira vez, aos 17min.

Messi, em uma de suas jogadas mais características, tocou por cima do goleiro com estilo. Durval, uma das apostas de Muricy para o Mundial, falhou na jogada.

O Barcelona atacava mais pelo lado direito de seu ataque, aproveitando o lado mais frágil da defesa santista. Foi por ali também que saiu a jogada do segundo gol. Xavi, com tranquilidade, apenas concluiu a jogada quase da marca do pênalti.

O terceiro foi digno de um massacre. Com muitos jogadores na frente, quase todos participando do lance, Messi costurou a defesa rival e viu na sequência da jogada uma série de finalizações que terminaram com o gol de Fàbregas. Parecia um treino.

Danilo sentiu contusão e foi substituído por Elano aos 31min, mas o Santos todo foi para o vestiário atordoado.

A goleada era inevitável.Segundos depois de Daniel Alves acertar a trave de Rafael, Messi chegou outra vez na cara do arqueiro santista.

Desta vez o melhor do mundo nos dois últimos anos e favorito ao tri preferiu driblá-lo. Os 4 a 0 ficaram até de bom tamanho para o Santos, que voltou a um Mundial após 48 anos para finalizar, segundo o Datafolha, sete vezes, contra 17 do Barcelona.

O time espanhol deu 736 passes durante o jogo. O Santos, só 188. Foi um vareio.

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