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Mundial vive paradoxo de público

HANDEBOL
Torneio mobiliza 15 milhões na Europa, mas tem baixa repercussão no Brasil

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

O Mundial feminino de handebol chegou ao final ontem, em São Paulo, com audiência acumulada de mais de 15 milhões de pessoas em cinco países da Europa.

Noruega e França disputaram a decisão, ontem, diante de 4.000 espectadores no ginásio do Ibirapuera.

No Brasil o evento foi ignorado pelo público, com repercussão baixa nas redes sociais e nos canais de esporte.

A UFA Sports, agência alemã responsável pelos direitos de transmissão, anunciou após as semifinais que a audiência acumulada do Mundial era de 14,8 milhões de espectadores em cinco países: Dinamarca, Noruega, Espanha, Alemanha e Croácia.

Com a exibição da decisão, a audiência superou os 15 milhões de espectadores. Os números finais ainda não foram divulgados oficialmente.

Os escandinavos são os maiores consumidores da modalidade. Só o duelo entre Noruega e Islândia, na fase de grupos, mobilizou cerca de 900 mil pessoas em frente à TV, segundo a emissora de televisão TV 2.

A Noruega é o país que mais enviou jornalistas ao Brasil para a cobertura do evento com 36 profissionais. A Dinamarca recebeu informações sobre o Mundial por meio de 32 jornalistas.

Os números da audiência do Brasil não foram divulgados. A única emissora a exibir os jogos foi o Esporte Interativo, canal UHF e mais fácil de ser sintonizado por antena parabólica. É possível acessá-lo por internet.

A baixa penetração da emissora nas operadoras de TV a cabo foi motivo de críticas dos estrangeiros.

"Tentei assistir no hotel a um jogo de outro grupo mas não encontrei nenhum canal", reclamou à reportagem Jan Pytlick, treinador da Dinamarca, ainda na primeira fase da competição.

Ele também queixou-se da IHF (Federação Internacional de Handebol) pela pouca presença do público nos ginásios: "Isso é um escândalo".

Os jornalistas também foram prejudicados.

"Precisamos comentar sobre partidas das outras seleções, mas não vimos os jogos", criticou Robert Perlskos, comentarista da TV 4, da Suécia, na primeira fase.

A repercussão no Brasil também não agradou ao presidente da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), Manoel Luiz Oliveira.

"Com todo agradecimento ao Esporte Interativo, mas se fosse uma outra emissora de TV exibindo nossos jogos, esse campeonato ia bombar", afirmou o dirigente, dois dias antes da decisão.

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