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Mulher confessa e inocenta atacante

ADRIANO
Após acareação e reconstituição, Adriene admite que ela mesma disparou o tiro que a acertou

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Adriene Cyrilo Pinto, 20, confessou ontem ter mentido. Ela havia dito anteriormente que o jogador Adriano era o responsável pelo tiro que atingiu sua mão esquerda no sábado de manhã, quando seguia de carona na BMW do atleta após sair de uma boate na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Ontem, contou ter ela mesma disparado acidentalmente a pistola que estava no carro. Em seu primeiro depoimento, disse que Adriano estava a seu lado, no banco traseiro, brincando com a arma.

A confissão foi feita após participar, com Adriano e outras três pessoas que estavam no carro, de uma acareação e uma reconstituição do acidente na 16ª Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca.

"Depois da reconstituição, ela admitiu que pegou a arma no chão do carro e que disparou sem querer. Ela chorou e disse que estava arrependida, que ficou perdida no meio da confusão e, por isso, deu aquela versão", disse o delegado Fernando Reis, responsável pelo inquérito.

Segundo o delegado, Adriene contou que havia bebido bastante na boate. Reis afirmou ainda que Adriano mostrou-se aliviado quando ouviu a confissão.

A acareação e a reconstituição duraram quase cinco horas. Por cerca de meia hora, o corintiano ficou dentro de sua BMW com Adriene, o tenente da PM reformado Julio Cesar de Oliveira, que dirigia o carro, e duas das outras três mulheres que o acompanhavam, Andreia Ximenes e Viviane Faria.

Uma policial participou da reconstituição, representando Daniela Pena, que não compareceu à delegacia.

Na reconstituição, Adriano ficou cerca de 20 minutos no banco da frente, ao lado do motorista Oliveira, com as quatro mulheres no banco de trás. Nos minutos finais, seria colocado no banco de trás com as quatro mulheres, mas não coube, o que derrubou a versão de Adriene.

As mulheres, que testemunharam a favor de Adriano, roubaram a cena ontem na delegacia. Viviane Fraga foi a primeira a chegar, vestida com um top preto, que deixava sua barriga à mostra, e uma calça justa.

Logo depois, chegou Andreia Ximenes, de short estampado, curto e justo, regata branca e salto alto.

Adriene entrou na delegacia por uma porta lateral. Ela chegou ao local num carro da polícia. Veio direto do hospital Barra D'Or, onde foi submetida a uma cirurgia para a reconstrução do dedo indicador da mão esquerda.

Segundo o delegado, mesmo com a confissão, o inquérito não está concluído. Ele vai aguardar o resultado do exame para detectar a presença de pólvora nas mãos de Adriene e do jogador.

Ela poderá ser enquadrada por crime de denunciação caluniosa, com pena de dois a oito anos de prisão.

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