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Futebol - Rodrigo Bueno

@RodrigoBuenoESP rodrigo.bueno@grupofolha.com.br

Quem critica o Barça é quem critica a Holanda

Quem ousa agora criticar o Barcelona? Só o maior ídolo da história do clube, o mesmo holandês que ousou criticar a Laranja antes da final da Copa-2010. "Sou holandês, mas defendo o futebol jogado pela Espanha."

Johan Cruyff é uma figura realmente especial, e não apenas pela revolução que ajudou a fazer em campo.

Sua influência tem efeitos diretos no futebol do Barça de Guardiola e no clube.

"Olho para trás e vejo que deixei gente que vê e pensa o futebol como eu. O que tem feito Guardiola é colocar as coisas em seus devidos lugares", diz ele em entrevista ao jornal catalão "Ara".

Cruyff é o maior desafeto do atual presidente do Barça, o sorridente e esperto Sandro Rosell, a quem o holandês acusa de ter preferido Mourinho a Guardiola.

"Mourinho era o preferido de Rosell. Uma decisão assim teria mudado muitas coisas no clube. E eu não digo isso agora, disse na época, quando já acreditava que o melhor para o Barcelona era Guardiola", falou o gênio ao "El Periódico".

Ele protesta ainda mais porque Rosell vendeu a camisa do Barça, algo inédito na história do time catalão.

"O Barcelona deixa de ser mais que um clube e passa a ser um clube a mais", afirmou ele quando surgiu o anúncio do suspeito patrocínio da Qatar Foundation.

"Há outras vias antes de manchar a camisa. Estou vendo que a obsessão do clube não é só ganhar títulos, mas também conseguir muito dinheiro. Há coisas que não dá para entender e que nos fazem suspeitar. O acordo do Qatar, por exemplo, quando se sabe que Rosell tinha ou tem relações e negócios com eles", selou.

E paira no mundo a aura de um Barcelona exemplar em tudo, modelo de ética etc. Talvez porque muitos não saibam das relações de Ricardo Teixeira com Rosell.

Cruyff, que também critica a série de compromissos internacionais do Barça em pré-temporadas (gestão caça-níquel), reclamou nos últimos dias de novo do clube.

"No Barcelona, só querem o meu nome, meus conhecimentos. Por isso, não empresto o meu nome a ninguém que não me defenda."

AGORA VALE!

CRUYFF-MUNDIAL

Cruyff, que não quis ir à Copa de 1978, contestou Mourinho e disse que não se deve desprezar o Mundial de Clubes. Quando jogador, o Ajax dele abriu mão de dois Mundiais. Quando técnico, seu Barça foi ao Japão convencido e perdeu do São Paulo. "Fomos atropelados por uma Ferrari", admitiu.

CARTÃO DE ANO-NOVO

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