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Antidoping flagra mais 4 brasileiros

CICLISMO
Alvo de escândalo em 2011, esporte tem atletas suspensos

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

Mal começou 2012 e o ciclismo brasileiro já apresenta mais quatro casos de doping. No ano passado, a modalidade registrou grande número de atletas flagrados em exames e foi acusada de ocultar resultados positivos.

Desta vez, os pegos no antidoping foram Thiago Damasceno, Wagner Pereira, Flavio Reblin e Elton Silva.

Segundo o comunicado divulgado ontem pela UCI (União Ciclística Internacional), os quatro atletas estão suspensos provisoriamente até que sejam julgados pelo tribunal da CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo).

Os exames foram realizados no Tour do Rio, em julho, e na Volta Ciclística de São Paulo, em outubro.

Os testes de urina de Damasceno, Alves e Reblin indicaram a presença de metabólitos de estanozolol, um esteroide anabólico sintético derivado da testosterona que é normalmente usado para aumentar a massa muscular.

Já o de Silva indicou a presença de metabólitos de mefentermina, um estimulante cardiorrespiratório, que melhora a circulação sanguínea.

Segundo o presidente da CBC, José Luiz Vasconcellos, nenhum dos quatro ciclistas brasileiros tinha solicitado até ontem a contraprova.

Mais uma vez, como teria ocorrido no ano passado, a CBC não divulgou oficialmente os casos. O código da Wada (Agência Mundial Antidoping) -do qual o Brasil é signatário- exige que os nomes dos atletas flagrados no antidoping sejam publicados.

"Todos os casos positivos são divulgados após o julgamento", disse Vasconcellos.

No site do tribunal da CBC, no entanto, aparecem nomes de apenas nove atletas julgados no ano passado.

Em outubro, a confederação disse que Verinaldo Vieira, Lauro Charman e Rosane Kirch também haviam sido pegos no antidoping, mas o nome de nenhum dos três consta na lista do tribunal.

Vasconcellos não se mostrou alarmado pelo alto número de ciclistas flagrados.

"Estamos trabalhando por um esporte limpo. Os nossos eventos são controlados. Se eles [os atletas] querem utilizar substâncias [proibidas], isso é o problema deles."

Em outubro de 2010, a CBC teve encerrada sua parceria com o Banco do Brasil. A entidade foi acusada de acobertar casos de doping para tentar a renovação do contrato. Atualmente, a confederação está sem patrocínio.

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